Política

Ricardo Ferraço questiona dupla atividade de Fachin e afirma votar novamente contra indicado

Logo no início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça ( CJJ) do Senado, que sabatinou Fachin, Ferraço questionou a indicação. Ele questiona requisitos constitucionais da indicação

O senador é contra a indicação de Luiz Edson Fachin para ministro  do STF Foto: Divulgação

O senador capixaba Ricardo Ferraço ( PMDB-ES) manteve a sua postura contra a indicação do jurista Luiz Edson Fachin para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Ferraço, Fachin foi advogado privado enquanto era procurador do estado do Paraná, de 1990 a 2006.

Mesmo após as explicações do jurista, o senador não se contentou e disse que as respostas foram superficiais. “Não acho que as respostas tenham sido convincentes. Foram evasivas. Ele não me respondeu de forma concreta e vou votar contra o nome dele na próxima sessão”, afirmou.

Logo no início da sessão da Comissão de Constituição e Justiça ( CJJ) do Senado, que sabatinou Fachin na semana passada, Ferraço questionou a indicação. O parlamentar pediu que a presidência da CCJ segurasse a indicação de Fachin pelo não preenchimento dos requisitos constitucionais da indicação. No entanto, o presidente da CCJ em exercício, José Pimentel (PT-CE), rejeitou o pedido.

Para Ferraço, a indicação do nome de Fachin, feito pela presidente Dilma Rousseff (PT), não deve receber o apoio do Senado. “Ele recebeu honorários por serviços privados da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Nesta empresa, o acionista majoritário é o governo do Paraná, quando era procurador do Estado. Ele não deu uma resposta concreta sobre isso”, disse.

Segundo o senador, cada parlamentar deve ser responsável pelo seu voto. “Vou votar contra novamente. Toda vez que o Senado é convocado para algo dessa relevância, a responsabilidade do Senado cresce. Cabe a mim, exercer o meu voto de consciência. Assim como cabe a cada senador, ter juízo de valor e votar como achar correto”, explicou. 

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