Política

Defesa de ex-tesoureiro do PT ataca decisão de Moro, que o manteve preso

Redação Folha Vitória

São Paulo - João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, alvo da Operação Lava Jato por suspeita de corrupção e lavagem de dinheiro, reagiu nesta terça-feira, 23, por meio de sua defesa, contra a decisão do juiz Sérgio Moro de mantê-lo preso em regime preventivo.

Em nota pública, Luiz Flávio Borges D'Urso, advogado criminal de Vaccari - preso desde 15 de abril - rebela-se contra o que classifica de "absoluta impropriedade" da ordem de prisão preventiva que pesa contra o ex-tesoureiro.

Nesta terça, o juiz Moro rejeitou pedido da defesa e manteve a prisão de Vaccari. "É com estranheza que a defesa recebe essa decisão, pois, mais uma vez, fica patente a absoluta impropriedade dessa prisão preventiva, porquanto não atende o que determina a lei processual pátria, nada a sustenta", afirma D'Urso.

Na avaliação do criminalista, "essa prisão, na verdade, está baseada exclusivamente em informações trazidas por delatores, sem qualquer comprovação". D'Urso assinala que "nunca é demais lembrar que palavra de delator não é prova, portanto não se presta para justificar sequer um indiciamento, quanto mais uma prisão".

Luiz Flávio Borges D'Urso destaca que 'nem a Polícia Federal, nem o Ministério Público, nem mesmo o Juízo, nesta fase em que a instrução está para ser encerrada, indicaram qualquer resquício de prova que pudesse corroborar o que os delatores disseram contra o sr. Vaccari'.

"Só palavras isoladas, sem confirmação probatória", protesta o advogado do ex-tesoureiro do PT.

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