Política

"Que não corte só os ministérios que não sejam do PT", diz Cunha

Redação Folha Vitória

Brasília - O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB - RJ), comemorou a intenção do governo de reduzir o número de ministérios. Autor de proposta em discussão na Casa que reduz para 20 o total de pastas, Cunha disse apenas esperar que o corte não atinja apenas os ministérios comandados por outros partidos que não o PT.

O Estado mostrou nesta segunda-feira, 03, que o governo considera reduzir o número de ministérios para dar sinais de austeridade.

Cunha disse ter ficado "feliz" pois o governo "resolveu se sensibilizar". "O governo tem que dar o exemplo. Reduzir ministérios e reduzir cargos de confiança é um sinal para a sociedade de que o governo está se sacrificando para combater o desperdício das contas públicas. Se o governo não faz a sua parte e não dá exemplo, não pode cobrar dos outros, seja através do aumento de impostos ou de outros pacotes de gastos, fica sem autoridade para cobrar. Até porque o governo não cortou despesa, cortou investimentos do Orçamento. Agora, que não corte só os ministérios que não sejam do PT", afirmou o presidente da Câmara.

Em entrevista no início da noite, Cunha negou que haja uma "pauta-bomba" para este semestre, como projetos que causam despesas ou constrangimentos para o governo. "Não tem pauta-bomba", disse. "Não queremos que o Brasil reduza seu grau de investimento", completou o peemedebista.

"Qualquer pauta colocada por mim passa por ter o consenso do colégio de líderes. Quando não há consenso, há sempre um requerimento para retirada de pauta e ele é aprovado. Não existe esse negócio que eu sou o dono da pauta, que eu faço a pauta de acordo com a (minha) vontade, que tem intuito de retaliar governo pela minha posição de alinhamento político ser diferente", afirmou.

A Câmara programou para esta quinta-feira, 6, a instalação da CPI do BNDES. A CPI dos fundos de pensão deve ser instalada na semana que vem. A partir desta terça-feira, 4, a Casa deve começar a discutir contas de governos anteriores. Se não for apresentado um pedido de urgência nesta semana, a votação dessas contas só começará na próxima semana.

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