Política

CPI da Máfia dos Guinchos pede a prisão preventiva de ex-diretor do Detran

Deputados acreditam que o ex-diretor do Detran deveria ter informado que o processo de contratação do pátio de Colina da Serra teria sido feito por ele e não pelo ex-diretor Contarato

Carlos Lopes afirmou que está perplexo com o pedido de prisão feito pela CPI Foto: Reprodução Facebook

Ao entender que o ex-diretor do Departamento Estadual de Trânsito Carlos Augusto Lopes mentiu em depoimento, a CPI da Máfia dos Guinchos, que investiga os contratos com pátios e guinchos no Estado, pediu nesta segunda-feira (21) a prisão preventiva dele.

A justificativa é que Carlos Lopes no dia 14, quando prestou depoimento à CPI, afirmou que houve superfaturamento no aluguel de uma área destinada a pátio de veículos apreendidos em Colina da Serra, na Serra.

Ele afirmou em seu depoimento que o custo de um pátio contratado na Serra, recentemente, para levar os veículos impedidos de permanecer em pátios credenciados é muito maior do que aquele contratado por ele na época em que esteve à frente do órgão, entre março de 2013 e dezembro de 2014.

Ainda em seu depoimento, Carlos Lopes afirmou que o valor da contratação do pátio em Colina da Serra foi de R$ 7,60 por metro quadrado, gerando uma arrecadação de R$ 178 mil por mês. Ele disse que na sua gestão, houve a contratação do pátio de Boa Vista, também na Serra, a um custo de R$ 2,32 o metro quadrado, ou seja, uma diferença de quase 70%.

O pedido de prisão foi feito pelo presidente da Comissão, deputado Enivaldo dos Anjos (PSD), e acatado pela unanimidade dos membros.

Os deputados acreditam que o ex-diretor do Detran deveria ter informado que o processo de contratação do pátio de Colina da Serra teria sido feito por ele, na gestão anterior, e não pelo ex-diretor Fabiano Contarato, no início de 2015, como ele deixou transparecer em sua crítica ao seu sucessor.

O ex-diretor do Detran Carlos Augusto Lopes afirmou que está perplexo com o pedido de prisão preventiva, já que, segundo ele, o processo seguiu todo o trâmite legal. "Oito empresas se apresentaram e venceu a que apresentou o menor preço. Ela foi submetida à avaliação da Comissão de Avaliação de Imóveis, ligada à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger), que comprovou que o contrato naquele local estava com o valor de mercado. Então, tenho a plena convicção de que o processo seguiu a legalidade”, afirmou Lopes.

O ex-diretor do Detran disse ainda que não falaria mais sobre o assunto por não ter detalhes do pedido de prisão. “Vejo isso com muita perplexidade. Este é o resultado do jogo sujo da política. Acredito que o objetivo é me atingir politicamente”, disse Lopes.

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