Política

'É muito fácil bater só em um', diz neta de Lula

Redação Folha Vitória

Brasília - Neta mais velha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a estudante de psicologia Maria Beatriz da Silva Sato Rosa, de 20 anos, foi uma das que gritaram "Fora Cunha" e "Fora Levy" no 3º Congresso da Juventude do PT, em Brasília. Bia, como é conhecida, quer ingressar na carreira política, defende o ex-ministro José Dirceu, preso em Curitiba, diz que a presidente Dilma Rousseff não é culpada pela crise e vê injustiça nos ataques ao avô. "É muito fácil bater só em um", afirma.

"São nesses momentos difíceis que vemos os verdadeiros petistas", diz Bia perguntada se as investigações da Operação Lava Jato afetaram a confiança dos jovens no PT. "Se desistirmos, tudo vai piorar. A gente tem que ir para a rua. Não fugiremos à luta", completa.

Para Bia, o que mais afeta seu avô, "é mexer com os filhos e os netos". "É muito injusto o que fazem, porque é muito fácil bater só em um. Vejo isso como medo, para tentar enfraquecê-lo. Têm medo de que ele volte."

Eleições 2016

Bia nega candidatura na próxima eleição mas promete, "na outra vocês devem ouvir falar mais de mim". "Sou secretária da Juventude do PT em Maricá (RJ) e estou me preparando para isso", avisa.

Cunha e Dirceu

Questionada sobre como os jovens militantes do PT se posicionam em relação ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha, a neta de Lula afirma que ele não a "representa". "Nem a mim e acho que a quase ninguém do PT, se não todos. Ele deveria renunciar, mas não acho que ele é homem suficiente para isso", diz.

Sobre Dirceu, Bia afirma que o "companheiro Dirceu foi condenado sendo inocente, assim como muitos do nosso partido". "Não existem provas concretas. Sou uma eterna defensora dele e do companheiro (José) Genoino. São presos políticos, infelizmente."

"Fora Levy"

"A mudança pode ser uma solução, até porque o Levy não tem uma política condizente com a nossa, que é voltada para o povo", diz a estudante. "A gente pode ver, sim, o Meirelles (Henrique Meirelles, ex-presidente do Banco Central) como uma solução, mas não sem uma estratégia. O desemprego aumentou, mas é uma crise mundial. A gente não pode culpar a Dilma por tudo."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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