Política

Luciano diz que relação com o governo é solidária; Prefeitura pretende 20% dos comissionados até 2016

Luciano Rezende

Prefeito de Vitória visa ao bem-estar da coletividade no contato com o governador Paulo Hartung Foto: Folha Vitória

O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), colocou um ponto final em qualquer possibilidade de atrito que pudesse existir com o governador Paulo Hartung (PMDB). Para ele, o bem da coletividade é o mais importante. A implantação do BRT (Bus Rapid Transit) é a mostra de que a prefeitura caminha ao lado do governo do Estado na implantação do projeto de mobilidade urbana.

Ainda segundo o prefeito, o consenso também pautará a escolha do líder do governo na Câmara Municipal. O prefeito explicou que, como a Casa retornou do recesso recentemente, e ainda há tempo hábil para a escolha de quem irá defender os projetos da prefeitura.

A implantação da educação integral é motivo de comemoração do prefeito Luciano Rezende. Ele acredita que os resultados a serem alcançados nas três escolas serão revolucionários. Confira a entrevista exclusiva ao Folha Vitória:

Folha Vitória - Prefeito como está (e será) a sua relação com o governo do Estado?
Luciano Rezende -
A relação com o governo do Estado é a melhor possível. Logo que as eleições se encerraram eu vim a público dizer que o debate eleitoral estava encerrado pela escolha da população. O Espírito Santo tem um novo governador e a Prefeitura de Vitória está operando extremamente solidária e administrativamente conectada com o governo do Estado e com o governo Federal em benefício do interesse público.

FV - Quem será o líder do governo na Câmara? O nome já está definido? Alguma dificuldade para chegar a esse perfil?
LR -
Não fiz essa definição ainda, mas eu quero ouvir os vereadores para que seja legitimamente aceito pelo grupo dos 15 vereadores. Por isso, essas conversas ainda não foram concluídas. A Câmara voltou a funcionar agora e eu tenho ainda um período de um mês para definir isso. 

FV - Qual a expectativa com a educação integral, que chega nesta segunda-feira, dia 9, no Espírito Santo começando pela cidade de Vitória?
LR -
A educação integral é absolutamente revolucionária. Nós estamos desenvolvendo em Vitória, de forma inédita no Espírito Santo, um projeto que envolve o Instituto de Corresponsabilidade em Educação, o Espírito Santo em Ação, o Instituto da Natura e a Fucape, que são instituições que observam o mesmo processo de educação em tempo integral, que já foram implantados em estados, como Pernambuco e Rio de Janeiro com resultados absolutamente revolucionários na aprendizagem do aluno. Este ano, nós começamos com três escolas: a Eunice Pereira, em Tabuazeiro, a Anacleta Schineider, no Centro da cidade (Fonte Grande), e a escola Moacyr Avidos, na Ilha do Príncipe, pela maior facilidade que encontramos na implantação do projeto nessas três escolas. Ano que vem nós vamos ampliar para mais escolas. Este é o caminho para a educação brasileira. Caminho inadiável e muito importante. Estou muito satisfeito, pois essa é mais uma mudança, inovação e transformação na cidade de Vitória.

FV - Como o prefeito vê a retirada de verba de projeto considerado fundamental para a Capital como é o do BRT? Como esta decisão influenciará a mobilidade urbana em Vitória?
LR -
A Prefeitura de Vitória está dando total apoio à implantação do novo sistema de transporte de massa escolhido para a Grande Vitória, que é o BRT. Tanto que ele começou a ser implantado aqui em Vitória. As obras da Avenida Leitão da Silva estão em andamento e a PMV está acompanhando a ajudando em todas as questões.

FV - Como a PMV vai se adaptar nesse ano de crise e previsões sombrias para a economia? Haverá cortes? Redução de despesas e de pessoal?
LR -
Antes de assumirmos a prefeitura, já prevendo a queda de receita, desenvolvemos um plano de governo com projetos e programas reais, o qual foi aprovado pelos moradores da cidade. E desde o início do governo, em janeiro de 2013, estamos trabalhando reduzindo despesas melhorando o atendimento à população, ou seja, fazendo mais com menos. Gastos como aluguéis de imóveis e veículos, contas de energia e telefone e desperdícios, por exemplo, têm nossa atenção principal. Reduziremos também 20% no número de cargos comissionados, passando de mil para 800 até o final do nosso governo, em 2016.

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