Política

Câmara de Vitória quer criar CPI para investigar vereadores da CPI do Pó Preto

Interessado no desenrolar da questão, vereador afirmou que colabora não só com a PF, mas também com o Ministério Público Federal e todos os órgãos que estiverem envolvidos com a questão

Vereador Davi Esmael acompanha trâmite das decisões contra o pó preto Foto: Divulgação

Indignado com as informações que recebeu de que teria se omitido durante depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito do Pó Preto de Vitória, o vereador Davi Esmael (PSB) reafirmou nesta quinta-feira (4) o que disse no relatório final da CPI. 

O parlamentar disse ainda que protocolou ofício no Tribunal Regional Federal - 2ª Região informando que em momento algum houve alteração do teor do documento. E o vereador acrescenta que nem haveria forma de alterá-lo porque o texto foi aprovado, divulgado e entregue a 12 entidades de proteção ambiental.

Por causa da causa da polêmica, o vereador Zezito Maio (PMDB) protocolou o pedido de abertura de uma nova CPI para apurar a conduta dos colegas que integram a CPI do Pó Preto. 

“Recebemos a contribuição de ambientalistas durante os trabalhos da CPI do Pó Preto. No dia 15 de setembro assinamos e ratificamos o resultado da CPI e o teor é o mesmo. Individualmente propus uma petição para reiterar tudo o que foi produzido”, apontou o vereador Davi Esmael.

Interessado no desenrolar da questão, Davi Esmael afirmou que é colaborador não só da Polícia Federal, mas também do Ministério Público Federal e todos os órgãos que estiverem envolvidos com a questão.

“É preciso que as empresas se adequem à legislação ambiental. É preciso que deixem de poluir. Estamos em busca da solução de um problema antigo. As pessoas não querem mais encenações, não querem mais políticos que se apropriem de discursos sem buscar a solução do problema. A CPI do Pó Preto apentas provou o óbvio”, assinalou o vereador.

O vereador Vinícius Simões (PPS) também disse que a CPI cumpriu o seu papel na história do pó preto na Capital, principalmente quando a empresa Vale teve suas atividades produtivas interrompidas por conta da ação da Polícia Federal.

“Até mesmo o representante da Vale, quando esteve aqui na Câmara, confirmou que a empresa lança pó preto no ar. Durante a apresentação do relatório foram lançadas frases que não eram nossas. Algumas palavras acusam o Ministério Público de ser conivente com o pó preto. Mas o Ministério Público sequer veio aqui. Vou solicitar documento para que oficialmente possa me posicionar”, disse o parlamentar.

O vereador Rogerinho Pinheiro (PHS) destacou que cumpriu o seu dever na CPI. “Estão questionando o teor da CPI aqui na Câmara, mas ao mesmo tempo que estou triste, estou bastante tranquilo porque agi com ética e moral”, destacou Rogerinho Pinheiro.

O questionamento citado pelo vereador do PHS refere-se à proposição de abertura de CPI, por parte do vereador Zezito Maio (PMDB) para apurar o comportamento dos três vereadores que compuseram a CPI do Pó Preto.

O outro lado

Por meio de nota, a Vale informa que, “tudo quanto exposto nas peças processuais apresentadas pela empresa ao Poder Judiciário, no tocante ao conteúdo do relatório final da CPI do Pó Preto da Câmara Municipal de Vitória, trata-se, nada mais nada menos, do que a mais fidedigna transcrição do teor dos depoimentos prestados no Ministério Público pelos próprios vereadores que a conduziram”, diz a nota.

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