Política

Procurador dobra meta de assinaturas no Estado da campanha contra corrupção

Campanha tem o objetivo de coletar assinaturas suficientes para enviar projeto de lei que estabeleça punições mais severas a quem cometer crimes de corrupção

Procurador acredita que projeto de lei de iniciativa popular tem mais chances de ser aprovada Foto: Divulgação

Depois de ultrapassar 33 mil assinaturas para a campanha “10 Medidas Contra Corrupção” no Espírito Santo, a nova meta estabelecida para os capixabas é de atingir 40 mil assinaturas. E o procurador federal Ercias Rodrigues de Sousa acredita que até maio esses números deverão ser atingidos. A meta inicial era de 20 mil assinaturas. 

A campanha tem o objetivo de coletar assinaturas suficientes para enviar projeto de lei que estabeleça punições mais severas a quem cometer crimes de corrupção.

A meta nacional, que é de 1,5 milhão, já está próxima. Na última quarta-feira (3), o Ministério Público Federal divulgou que ultrapassou a marca de 1,3 milhão de assinaturas de cidadãos que apoiam as propostas do MPF para reforçar o combate a desvios de recursos públicos e fraudes contra o Tesouro.

Segundo o procurador, para coletar as assinaturas que geraram a proposição da Lei da Ficha Limpa foram precisos três anos até atingir a marca de 1,5 milhão. Mas, ainda de acordo com suas considerações, o tema está mais próximo das pessoas.

“A CNI fez uma pesquisa e o Datafolha também que apontam as prioridades do brasileiro. Em primeiro lugar vem a preocupação com a corrupção. Em seguida, vem a saúde, educação e segurança pública. Mas na verdade, acreditamos na transversalidade dos problemas, ou seja, a corrupção gera os problemas em outras áreas”, explicou o procurador federal.

O procurador explicou que a Operação Lava Jato está bastante presente na vida dos cidadãos, o que, na opinião dele, pode ter chamado a atenção para a campanha “10 Medidas Contra Corrupção”.

Embora a campanha não seja destinada a um público específico, o perfil de quem tem aderido à campanha é de jovens com acesso maior à informação.

“Algumas pessoas com pouco acesso à informação se mostram mais reticentes. Já as pessoas com mais idade se mostram mais descrentes com a política”, avaliou Rodrigues.

Assim que ultrapassar a meta de 1,5 milhão, o procurador explicou que a ideia é sair da Procuradoria Geral da República e seguir até o Congresso Nacional, em um ato público, para fazer a entrega da proposta de mudanças na legislação vigente.

“A ideia do Ministério Público é acompanhar o trâmite para darmos um feedback para a sociedade. Acredito que até abril ou maio devemos ter atingido esta meta”, destacou.

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