Política

Apoio do PT ao governo estadual será definido por reunião em Brasília

Decisão seria tomada pelo diretório estadual do PT do Espírito Santo no sábado (30), mas uma ligação do presidente nacional do partido mudou os planos

O presidente do PT no Estadom Genivaldo Lievori Foto: Divulgação/Assembleia

A decisão de permanecer ou se retirar da base aliada do governo estadual seria tomada pelo Partido dos Trabalhadores do Espírito Santo (PT-ES) em reunião do diretório no próximo sábado (30). Entretanto, após uma ligação do presidente nacional do partido, Rui Falcão, nessa quarta-feira (27), a situação só será definida no mês que vem.

"A reunião do diretório foi suspensa seguindo uma orientação do diretório nacional do PT, que se reunirá no dia 17 de maio para discutir a política de aliança nacional", comentou o presidente estadual do PT, Genivaldo Lievori. Além de Lievori, devem participar dessa reunião em Brasília os deputados federais Helder Salomão e Givaldo Vieira e a secretária adjunta de organização, Jackeline de Oliveira Rocha.

Segundo o deputado José Carlos Nunes (PT), na manhã desta quinta-feira (28) a executiva do partido, formada por 18 membros, se reuniu para discutir a orientação nacional e a maioria optou por esperar a reunião do dia 17. Ainda de acordo com Nunes, o que for decidido - em nível de Brasil - deverá ser respeitado pelo PT do Espírito Santo. "Acho que a orientação nacional é prudente nesse momento para que possamos refletir", acrescentou.

Apesar de fazer parte da base de apoio ao governo estadual com a ocupação de 15 cargos, o PT possui resistência interna quanto à manutenção desse apoio. A situação ficou mais complicada após o PMDB, partido do governador, ter decidido votar a favor do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT), na Câmara dos Deputados, e agora ensaiar repetir a postura na comissão instalada no Senado que analisa o afastamento da mandatária.

Ex-prefeito de Vitória, o atual secretário de Estado de Saneamento, Habitação e Desenvolvimento Urbano (Sedurb), João Coser, é um dos que são contrários à saída do PT da base aliada do governo. Já o deputado federal Givaldo Vieira é um dos ávidos defensores da saída do partido da base de sustenção. Para o deputado, após a votação do impeachment na Câmara essa relação com o PMDB no Estado se tornou insustentável.

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