Política

Comissão do impeachment encerra fase de discussão do parecer

Em mais de 13 horas de discussões, que começaram na tarde de sexta-feira (8) e só terminaram às 4h42 do sábado, pouco mais da metade dos 116 inscritos falou

Redação Folha Vitória
A votação do parecer favorável ao impeachment está marcada para o fim da tarde de segunda-feira (11) Foto: Agência Brasil

Brasília - Terminou na madrugada deste sábado (9) o primeiro teste do governo na batalha contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em mais de 13 horas de discussões, que começaram na tarde de sexta-feira (8) e só terminaram às 4h42 do sábbado, pouco mais da metade dos 116 inscritos falou - 39 deputados se manifestaram a favor do impedimento da petista, 21 a favor do governo e um preferiu não se manifestar, o deputado Bebeto (PSB-BA).

A votação do parecer favorável ao impeachment está marcada para o fim da tarde de segunda-feira (11), após mais algumas horas de discursos dos 27 líderes partidários, do relator Jovair Arantes (PTB-GO) e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. A sessão está marcada para começar às 10 horas.

Governistas assumiram derrota na comissão. "Aqui, (a oposição) pode ganhar. Não estou nem ligando. Não queria nem votar para não convalidar essa armação, não queria ser maestro dessa orquestra de Eduardo Cunha", disse o deputado Silvio Costa (PT do B-PE), vice-líder do governo, mencionando o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Um dos principais defensores de Dilma, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ), afirmou que o Brasil chegou à atual situação, "porque quem ganhou a eleição não teve a humildade de reconhecer que ganhou uma eleição dividida e chamar o País a uma reconciliação e quem perdeu não teve a resignação de aceitar o resultado e pensar no País, preferiu contestar e pensar apenas na sua ambição política". "Essa página, seja qual for o resultado, tem que ser virada", disse.

Durante a madrugada, 19 parlamentares contrários ao impeachment falaram consecutivamente, pois não havia governistas em plenário, além dos que já haviam se manifestado.

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