Política

Mesmo com protestos de taxistas, vereadores decidem liberar Uber em Vitória

A votação sobre a liberação ou a proibição dos serviços da Uber em Vitória aconteceria na última quinta-feira (7), mas foi adiada para esta semana

Houve protesto nas galerias do Plenário da Câmara Foto: Bruno Nunes

Por 8 votos a 5, os vereadores de Vitória mantiveram o veto do prefeito Luciano Rezende (PPS) ao projeto que proíbe o Uber na Capital. Com isso, a legislação municipal continua sem obstáculos ao funcionamento do serviço mundial de transporte de passageiros. A votação, que aconteceu no plenário, começou por volta das 16h e terminou pouco antes das 18h.

Votaram a favor da liberação da Uber os vereadores Davi Esmael (PSB), Devanir Ferreira (PRB), Fabrício Gandini (PPS), Luiz Emanuel (PPS), Marcelão (PT), Nammy Chequer (PCdoB), Reinaldo Bolão (PT), Sérgio Magalhães (PTB) e Vinícius Simões (PPS). Votaram contra a liberação da Uber na capital os vereadores Rogerinho Pinheiro (PHS), autor do projeto que pretendia vetar o aplicativo na cidade, Max da Mata (PDT), Neuzinha (PSDB), Wanderson Marinho (PSC) e Zezito Maio (PMDB).

Um dos que votaram a favor do projeto, Gandini afirmou que tomou uma posição a partir de estudos e de ouvir a opinião pública. "Ao estudar a matéria descobri que a regulamentação do Uber é necessária em Brasília. Então tive a tranquilidade de votar porque assim como o WhatsApp e outros aplicativos chegaram, sem pedir permissão, e transformaram as relações comerciais, o Uber também pode", argumentou.

"As pessoas querem muito um novo serviço de transporte. Pelas manifestações em minhas redes sociais ficou clara a insatisfação com o serviço de táxi e a defesa muito forte de poder existir uma concorrência para melhorar o serviço de taxi", completou o vereador. Gandini informou ainda que fez uma enquete em uma de suas redes, e que cerca de 97% dos quase mil participantes queriam a liberação do aplicativo.

Já o vereador Zezito Maio foi um dos quatro que decidiram seguir o entendimento de Rogerinho Pinheiro. Para o peemedebista, o Uber não é constitucional e esse motivo é suficiente para votar contra o serviço. "Votei contra o Uber porque acho que eles querem enfiar um projeto que não é constitucional. Se for um projeto que está previsto na Constituição, se tiver regulamentado, vou ser favorável. Mas enquanto isso não acontecer eu sou contra", disse.

Polêmica se arrasta desde o ano passado

O projeto que pretendia proibir a Uber em Vitória começou a tramitar em agosto de 2015. Entretanto, seguindo o parecer da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, o prefeito Luciano Rezende vetou a proposta de Rogerinho Pinheiro, ligado à categoria dos taxistas - a qual pertenceu por mais de 15 anos.

Na última quinta-feira (7), então, seria apreciado o veto de Rezende à proposta de proibição, mas a votação acabou por ser adiada para esta terça (12). De acordo com a assessoria de imprensa da Uber, o serviço estuda operar em Vitória ainda neste ano. Atualmente, dez cidades brasileiras - e outras 394 em todo o mundo - têm acesso ao aplicativo.

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