Política

Senadores capixabas acreditam que Impeachment será aprovado em próxima votação

O senador Ricardo Ferraço (PSDB) já informou que tem interesse em participar da comissão que vai analisar o processo na Casa. A comissão será formada por 42 parlamentares

A votação aconteceu no último domingo (17) Foto: Agência Brasil

Após a Câmara dos Deputados aprovar a abertura do processo de Impeachmet contra a presidente Dilma Rousseff, a votação segue para o Senado. De acordo com os senadores capixabas, eles acreditam que, assim como aconteceu na Câmara, o processo também deverá ser aprovado no plenário da Casa. 

A senadora Rose de Freitas (PMDB) disse que o resultado, do último domingo (17), já era esperado. “O resultado era esperado por conta das dificuldades que o país vem passando também na área política. O governo estava isolado e indiferente. Agora essa decisão vai para a Casa. Uma parte diz que houve crime de responsabilidade e outra diz que, além disso, também não houve uma administração e isso se tornou uma crise sem precedentes”.

Ela afirmou que mesmo com o cenário enfrentado pelo Brasil, nada foi feito para conter a crise. “Houve sempre um choque de opinião. É um governo que está sem força e sem locução. Acredito que a mesma coisa que aconteceu no Congresso vai acontecer no Senado”, destacou.

Rose de Freitas acredita que o processo passará no Senado Foto: Divulgação

Rose ainda disse que chegou a ser convidada a participar da comissão que analisará o assunto no Senado, mas por pertencer ao mesmo partido que o vice-presidente Michel Temer, prefere não integrar o grupo. “Ainda haverá uma reunião sobre isso, mas prefiro que outros partidos tenham a oportunidade de participar”, informou. 

Rosse explicou que ainda não se reuniu com o vice-presidente após a votação na Câmara.

O senador Ricardo Ferraço (PSDB) disse estar confiante e que vai continuar trabalhando para ter uma vitória no Senado. Ele ressaltou ainda que durante todo o processo a economia brasileira ficará exposta. “Tudo indica que ainda hoje o processo chegará ao Senado. Com isso, precisamos nos esforçar para, mesmo obedecendo os procedimentos legais de defesa e prazos, isso ser feito com velocidade. Temos que reconhecer que isso não é bom para a economia, que fica exposta”.

Além disso, ele disse que a presidente foi vítima dela mesma. “Ela mergulhou nosso país num colapso muito grande. A desorganização fiscal fez com que os juros se elevassem e inflação crescesse, assim como o desemprego. Ela permitiu por omissão que o governo tivesse a marca da corrupção. Temos que virar a página. Com ela não tem solução, mas sem ela temos que trabalhar muito para reorganizar essa bagunça”. 

Ferraço pode compor a comissão Foto: ​Divulgação

Ferraço também destacou que a decisão do Senado sobre o processo de Impeachment deverá sair na primeira semana do mês de maio. “Ela deverá ser afastada, pois o senado não votará diferente. Depois, teremos até agosto para o afastamento definitivo, pois ela não tem mais condições de governar o país e o tirar dessa crise. Foi o governo que mais causou danos ao Espírito Santo e não reconheceu o valor no nosso Estado. Foi uma verdadeira pedra no nosso caminho. Ela cometeu crimes de responsabilidade sim. Com Dilma o Brasil não tem salvação”, disse. 

O senador contou ainda que está conversando com lideranças e que pode ser um dos representantes na comissão. “Precisamos de atuar com muita velocidade. O caminho é acelerar. O Brasil não pode ficar dessa forma”, afirmou.

Vídeo 

Magno Malta se posicionou nas redes sociais Foto: Reprodução

Já o senador Magno Malta (PR), por meio das suas redes sociais, divulgou um vídeo gravado em companhia da esposa, a deputada Lauriete (PSC), logo após a votação do processo. "O Brasil e o povo que foram às ruas deram uma lição. Eu ouvi um deputado falar que não se pode tirar um eleito com voto que o povo lhe deu, mas a democracia é isso. O povo pode tirar o voto que deu. O povo pode voltar atrás e se arrepender, porque ela cometeu um crime”, afirmou. 

De acordo com ele, o Brasil cumpriu o seu papel e no Senado será uma grande luta. “Será uma grande batalha e eu estarei do lado do povo brasileiro. A Dilma cometeu crime de responsabilidade fiscal e não tem golpe nenhum nisso. O golpe foi dado por ela no processo eleitoral quando mascarou, quando violentou a economia desse país fazendo pacotes de bondade para poder ganhar a eleição. O país não vai mudar amanhã. Nós vamos piorar muito ainda até sairmos desse buraco", destacou.

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