Bancada capixaba defende cassação do mandato de Eduardo Cunha

A maioria dos deputados federais do Espírito Santo é a favor da cassação do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB). O parecer do relator Marcos Rogério, que trata do pedido, foi entregue nesta terça-feira (31) e deve ser lido entre esta quarta e quinta-feira (2), segundo prazo regimental. A partir do pleito no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, o processo segue para votação no Plenário.

Carlos Manatto (SD) afirmou que irá esperar o resultado final do Conselho de Ética da Câmara, mas caso o parecer seja pela cassação de Cunha, votará a favor.

Entretanto, o deputado alertou que pode haver um relatório paralelo, que poderá pedir apenas 30 dias de suspensão para o ex-presidente da Câmara, acusado de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando negou a existência de contas no exterior em seu nome. 

Max Filho (PSDB) também é a favor da cassação. O parlamentar enfatizou que foi um dos assinantes da representação que pediu a perda de mandato do peemedebista. Os petistas Givaldo Vieira e Helder Salomão também são favoráveis à cassação de Cunha. Givaldo argumentou que Cunha deve ainda ser preso pelos supostos crimes que cometeu, já Helder alegou que Cunha, apesar do direito de ampla defesa, em nenhum momento provou que as denúncias eram infundadas. Apenas orquestrou manobras regimentais para atrasar o processo de sua cassação, considerado o mais longo na história do Conselho de Ética da Câmara.

O deputado Jorge Silva é outro parlamentar capixaba favorável à cassação de Eduardo Cunha. Segundo ele, caso o relatório peça a perda de mandato do peemedebista, apontado como o grande responsável pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), dificilmente o Plenário da Câmara dará sucesso à empreitada do peemedebista em se livrar da penalidade.