Política

Iriny é exonerada e critica falta de mulheres no Governo de Michel Temer

A ex-deputada federal e também ex-ministra da Secretaria da Presidência de Políticas Para as Mulheres disse que sua exoneração foi coerente, pois não aceita o governo Temer

Iriny Lopes era funcionária do gabinete da presidência.  Foto: Divulgação

Exonerada nesta quinta-feira (12), conforme publicação no Diário Oficial da União, a ex-deputada federal Iriny Lopes (PT) comentou a sua saída da Secretaria de Governo da Presidência da República e a ausência de mulheres no corpo de ministros do governo do presidente interino Michel Temer (PMDB).

"Nossa saída guarda uma coerência por não reconhecermos esse governo, porque ele é fruto de um golpe, de uma traição à Constituição. Eu e todos os meus companheiros que saíram do governo hoje temos uma história. E na nossa história não tem compactuar com golpe", afirmou Iriny.

A ex-deputada disse que a partir de agora estará junto da presidente da República Dilma Rousseff (PT) para ajudar em sua defesa junto ao Senado, que deve ser feita em até 20 dias. "Temos a convicção de que vamos até o último dos recursos para não permitir que o Brasil seja assolado por esse ato irresponsável", disse. 

Iriny Lopes também comentou sobre o provável fim das secretarias de Política para Mulheres, da qual já foi ministra-chefe, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e da Secretaria de Direitos Humanos. "Ninguém esperaria de um governo golpista a manutenção de ministérios voltados à causa da população excluída, porque esse governo não representa a população", ironizou a ex-deputada.

Sobre a ausência de mulheres no corpo de ministros de Temer, a petista afirmou que também era algo esperado. "Quem vai esperar que um governo desse tenha mulher? Os ministros do presidente interino são retrato fiel das articulações feitas. Tem cinco deputados citados na Lava Jato, que, aliás, hoje teve seu enterro marcado", opinou Iriny.

Questionada sobre como o PT e os movimentos sociais pretendem resistir ao que chamam de golpe, Lopes disse que "prevê" a entrada do Brasil em um processo de grandes mobilizações. "A própria dinâmica da crise política e econômica vai levar a um nível automático de mobilização".

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