Após impeachment de Dilma, manifestantes pedem saída de Temer em Vitória

Manifestantes contrários ao novo governo de Michel Temer (PMDB) realizaram um protesto na noite desta quarta-feira (31), em Vitória. Portando faixas, bandeiras e cartazes e gritando palavras de ordem, eles deixaram o teatro da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) por volta das 18h45 desta quarta-feira (31) e seguiram em protesto por algumas das principais avenidas de Vitória.

A passeata teve início na Avenida Fernando Ferrari, em Goiabeiras. Os manifestantes seguiram também pela Reta da Penha, em direção à praça do pedágio da Terceira Ponte. O trânsito precisou ser desviado por agentes da Guarda Municipal.

A Polícia Militar acompanha a manifestação. De acordo com a Guarda Municipal, o protesto reúne cerca de 300 pessoas. Já segundo os participantes, a adesão é de pelo menos 600 pessoas.

Por volta das 20h30, os manifestantes chegaram nas imediações da Praça de Pedágio, onde já havia um cordão de isolamento formado por policiais da tropa de choque da Polícia Militar. A intenção dos manifestantes era atravessar a Terceira Ponte, em direção à Vila Velha. No entanto, os policiais não estavam permitindo o avanço dos manifestantes.

Movimento

O protesto contra Michel Temer acontece também em outras capitais do país, como Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP).

Na convocação do evento, os organizadores afirmam que o processo de impeachment de Dilma Rousseff (PT) é ilegítimo e que é necessário ir às ruas "contra a farsa que o Brasil está vivendo".

"Sabemos que a retirada de Dilma e a colocação de Temer em seu lugar tem interesse de acelerar a retirada de direitos do povo trabalhador brasileiro. Por isso, independente de quem apoiava o governo de Dilma e de quem fazia oposição de esquerda à ela, estamos nos unindo contra o golpe parlamentar que colocou Temer no poder", diz parte do texto.

Novo protesto

Um novo protesto está marcado para acontecer na próxima sexta-feira (2), a partir das 18h, também saindo do teatro da Ufes. O trajeto da manifestação será definido pouco antes, às 16h, em assembleia. 

A principal crítica do movimento é o ajuste fiscal, taxado de neoliberal pelos organizadores.