Política

Hartung diz que aval a novos empréstimos não é melhor caminho para resolver crise

O governador do Estado defende um sério ajuste fiscal para evitar que novos pedidos de financiamento, como os que foram feitos agora pelos governadores de algumas regiões

O governador do Estado defende um sério ajuste fiscal  Foto: Divulgação

O possível aval do Tesouro Nacional a novos empréstimos que vierem a ser tomados pelos Estados, não é o melhor caminho para resolver a crise fiscal. Este é o posicionamento do governador Paulo Hartung  (PMDB-ES), que abordou o assunto em entrevista ao Estadão. De acordo com ele, o problema fiscal dos Estados é a folha de pagamento de ativos e inativos, e não o endividamento. 

O governador defende um sério ajuste fiscal para evitar que novos pedidos de financiamento, como os que foram feitos agora pelos governadores do Norte, Nordeste e Centro-Oeste, se repitam.   

Em um dos trechos da entrevista, Hartung esclarece o motivo de ter sido contra a rodada de renegociação da dívida dos Estados com a União. "Primeiro porque as dívidas dos Estados foram renegociadas no governo Fernando Henrique Cardoso em condições vantajosas para os Estados. Às vezes você ouve falar que aqueles contratos são leoninos. Isso não é verdade. Eles foram vantajosos para os Estados. Quem pagou os subsídios desses contratos foi a União. Quando a União paga, é o povo brasileiro que paga. Nós, brasileiros, precisamos aprender isso."

O governador também fala sobre o aval que a Fazenda daria a novos empréstimos dos Estados e falou sobre a experiência vivenciada pelo Espírito Santo. "Ele dará aval para quem tem condições de ter acesso ao crédito. Para quem está ranqueado, quem tem nota A e B das instituições financeiras. No ano passado, nós capixabas, contraímos uma operação de crédito com o Banco Mundial para saneamento. Mas o Espírito Santo mostrou que tinha capacidade, que estava com suas contas organizadas. Fiz um ajuste antes de tomar posse agora para conseguir apoio da Assembleia, da Justiça, do Ministério Público, do TCE e da defensoria pública. Viramos 2015 com pequeno superávit e foi isso que nos deu credenciais acessar o crédito."

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