Política

Lava Jato: Economista capixaba levado para depor teria recebido recursos da Odebrecht

Gradiston Coelho da Silva ficou por pouco tempo na Superintendência da Polícia Federal em Vila Velha, onde prestou depoimento na manhã desta segunda-feira

Gradiston ficou pouco tempo na PF Foto: Divulgação

O economista Gradiston Coelho da Silva, diretor financeiro do clube Rio Branco, foi o capixaba levado para depor à Superintendência da Polícia Federal em Vila Velha na manhã desta segunda-feira (26), como parte da 35ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Omertà. A PF também cumpriu um mandado de busca e apreensão em sua residência.

Gradiston ficou pouco tempo no local, onde prestou depoimento e foi liberado. Na representação feita pelo delegado Filipe Hille Place, o economista aparece como um dos possíveis beneficiários da Odebrecht. A entrega de dinheiro em espécie teria sido efetivada em um hotel localizado em Belo Horizonte (MG). 

"Não foi possível, por ora, encontrar indícios precisos do motivo para Gradiston Coelho da Silva ter recebido recursos espúrios entregues por prestadores de serviços do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, sendo certo, contudo, que tal fato não encontra causa lícita, dada as peculiaridades e engenhosidade criminosa do referido setor e dos pagamentos que operacionalizava", diz parte da representação.

Nessa linha, o delegado afirmou que a imprecisão dos motivos ilícitos para os pagamentos demandava medidas policiais mais invasivas e que, portanto, era necessária autorização judicial para realizar a busca coercitiva e o mandado de busca e apreensão .

Além do capixaba, foram realizados outros nove mandados de condução coercitiva, 27 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária, dirigidos contra o ex-ministro da Casa Civil, Antônio Palocci, o ex-secretário da Casa Civil, Juscelino Antônio Dourado e Branislav Kontic, que atuou como assessor da campanha de Palocci em 2006.

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