Capixabas estavam em barco e viram queda do avião de Teori
A informação da morte do ministro e relator da Operação Lava Jato no STF foi confirmada na tarde da última quinta-feira. O avião que caiu no litoral de Paraty
Um casal de capixabas presenciou o momento em que o avião no qual estava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, caiu no litoral de Paraty, no sul fluminense, na tarde da última quinta-feira (19). Por meio de uma rede social, o engenheiro Lauro Koehler, que mora em Vitória, relatou que ele e a mulher viram o acidente bem de perto. Segundo ele, o barco em que estava foi o primeiro a chegar ao local da queda.
“Quando já estávamos no barco a chuva começou e vimos o avião. Ficamos acompanhando e vendo que ele fazia curvas cada vez mais acentuadas. Percebemos que alguma coisa estava errada e ele estava muito baixo, cada vez mais perdendo a altitude, até que bateu uma das asas na água e caiu”, relatou o capixaba.
Um internauta aproveitou o relato e perguntou para ele como estava o tempo no momento do acidente. De acordo com Koehler, estava chovendo muito, o que teria contribuído para a queda do avião. “Chovia muito no momento do acidente e não dava para enxergar nada. Estava a passeio, mas tudo perdeu a graça depois do que vimos. Ainda não conseguimos voltar para casa, mas não vejo a hora de voltar”, afirmou.
Ele ainda aproveitou a movimentação nas redes sociais para pedir ajuda e contato com a aeronáutica. “Além do nosso barco, que estava mais próximo, havia outro um pouco mais longe. Foi o capitão do barco em que eu estava que pediu ajuda”, contou.
A informação da morte do ministro e relator da Operação Lava Jato no STF foi confirmada na tarde da última quinta-feira (19). Ele estava dentro de um avião que caiu no litoral de Paraty, no sul fluminense. Segundo a assessoria de imprensa dos bombeiros, o trabalho de retirada de uma mulher e dois homens, entre eles Zavascki, começou à meia-noite e terminou à 1h40 desta sexta-feira.
Com a morte de Zavascki será adiado o andamento da Operação Lava Jato. A possibilidade de que a delação da Odebrecht, que envolve cerca de 200 políticos, seja tornada pública em fevereiro não deve mais ocorrer, ressaltaram os analistas da Eurasia.
