Política

Senadores capixabas defendem diálogo com governo e volta da PM

Ricardo Ferraço, por exemplo. defende o retorno imediato da Polícia Militar às ruas e a contrapartida do governo estadual em abrir o diálogo e as negociações junto à categoria

Ferraço quer volta da PM às ruas Foto: Agência Senado

Os senadores do Espírito Santo defenderam, em conversa com o Folha Vitória na noite desta sexta-feira (10), um efetivo diálogo do governo do Estado para com os manifestantes e o imediato retorno da polícia militar às ruas. Desde sexta-feira (3), mulheres de PMs impedem a saída de viaturas dos batalhões.

Para o senador Ricardo Ferraço (PSDB), "a solução para a crise que o Espírito Santo enfrenta passa pelo retorno imediato da PM para as ruas, e a contrapartida do governo estadual em abrir o diálogo e as negociações". "Os interesses dos capixabas devem estar acima de qualquer outro interesse. O capixaba merece voltar a viver em paz e segurança", defende o tucano.

Magno Malta (PR), por sua vez, afirma que "estamos diante de um quadro desolador que nunca se viu" e que o Espírito Santo se transformou em "um Estado sitiado, amedrontado, trancado em casa". "Realmente a polícia tem defasagens. A Polícia, ao longo desses 14 anos no Espírito Santo, tem do que reclamar, mas estamos num momento tão crítico e eu apelo para o bom senso do governo", diz Malta. 

"As pessoas precisam trabalhar, voltar aos pontos de ônibus, os ônibus precisam circular. Peço ao governo e aos militares que tenham sensibilidade, espíritos desarmados, para chegarmos a um denominador comum e sairmos desse buraco onde estamos", defende o senador do PR.

Já a senadora Rose de Freitas (PMDB) diz que sempre defendeu o diálogo entre as partes. "A solução é o diálogo e o policiamento voltar às ruas imediatamente, que é o que reivindicamos desde a sexta-feira", disse. Segundo ela, é justo lutar pelos direitos, mas tais reivindicações não podem prejudicar a sociedade.

"Poderia ser feito de uma maneira que não causasse o prejuízo que aí está, seja ético, físico ou moral. Espero que termine a greve e que se restabeleça a tranquilidade no Espírito Santo", declarou a peemedebista.

Segundo ela, mesmo após findar o episódio e a "onda de boatos", o período de paralisação das atividades da PM no Estado ficará para sempre marcado na história. "Ninguém vai esquecer jamais o que aconteceu aqui. Essas 130 mortes. Fica agora a lição", finalizou.

Senadora nega ter estimulado movimento

Em entrevista ao programa Balanço Geral da TV Vitória, Rose negou que tenha incitado o movimento de mulheres de policiais militares. Na ocasião, a parlamentar defendeu o diálogo das manifestantes junto ao governo do Estado. "Apenas acho que as consequências são muito grandes para a sociedade. A sociedade não precisa mais viver esse terror na rua".

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