Política

Reformas diferentes em estados e municípios pode criar o caos previdenciário, diz secretário

Mesmo achando que essa não é a forma ideal para tocar o projeto, o secretário de planejamento Regis Mattos é categórico: a reforma da previdência é necessária e urgente

Secretário de Planejamento, Regis Mattos, é a favor de uma reforma unificada. Foto: Divulgação/Governo

A decisão do presidente Michel Temer de retirar os servidores estaduais e municipais da Reforma da Previdência e repassar para estados e municípios a responsabilidade de elaborar suas próprias reformas pode beneficiar o governo federal a conseguir a aprovação do projeto no Congresso.

No entanto, segundo o secretário estadual de planejamento, Regis Mattos, defensor da unificação das regras, essa não é a melhor solução para o caso.

“Nós temos mais de dois mil municípios espalhados por todo o Brasil. Imagina se cada um desses municípios for obrigado a criar uma regra previdenciária. Isso vai ser o caos, o caos previdenciário”, revela Mattos.

Mesmo achando que essa não é a forma ideal para tocar o projeto, o secretário é categórico: a reforma da previdência é necessária e urgente. “Atualmente, a quantidade de jovens que entra no mercado de trabalho é muito menor que a quantidade de aposentados e pessoas que estão prestes a se aposentar. Se a reforma previdenciária não for feita logo, em cerca de quatro ou seis anos nós não teremos mais recursos para cumprir com os compromissos com os aposentados”, explica.

Déficit crescente

A preocupação com a falta de recursos deixa o secretário preocupado, afinal, nos últimos anos, déficit da previdência no Estado aumentou bastante.

Segundo a Secretaria de Planejamento, o déficit passou de R$ 704 milhões em 2010 para R$ 1,5 bilhão no ano passado, crescimento de 130% em seis anos.

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