Política

Dois ex-prefeitos do interior capixaba são condenados por corrupção passiva

José Carlos Elias, ex-deputado federal e ex-prefeito de Linhares, e José Carlos Milanezi, ex-prefeito de Marilândia foram condenados a 5 anos e 9 meses de reclusão.

José Carlos Elias, ex-prefeito de Linhares Foto: Divulgação/Assembleia

O Ministério Público Federal no Espírito Santo (MPF/ES) obteve na Justiça a condenação do ex-deputado federal e ex-prefeito de Linhares, José Carlos Elias, e do ex-prefeito de Marilandia, José Carlos Milanezi, por conta do esquema de licitações irregulares para a compra de ambulâncias, conhecido como Máfia dos Sanguessugas. O processo se refere a recebimento de propina em Marilândia e São Domingos do Norte.

Os dois foram condenados a cinco anos e nove meses de reclusão, em regime semi-aberto, e ao pagamento de 142 dias-multa, em valor fixado pela Justiça, cada um. Além dos ex-prefeitos, Roberto Milanezi, irmão do ex-chefe do executivo de Marilândia também foi condenado a três anos e três meses de reclusão em regime aberto e ao pagamento de 50 dias-multa.

Segundo as investigações, o ex-deputado recebeu propina de 10% dos contratos do grupo Planan, por intermédio dos empresários Luiz Antônio Trevisan Vedoin e Darci José Vedoin, por ter sido autor de emendas parlamentares que possibilitaram a realização dos convênios entre os municípios de São Domingos do Norte e Marilândia com o Ministério da Saúde. 

O ex-prefeito de São Domingos confirmou que as empresas eram indicadas pelo gabinete de José Carlos Elias. Já José Carlos Milanez, ex-prefeito de Marilândia, chegou a receber uma comissão de Luiz Antônio Vedoin de R$ 8 mil - depositada na conta de seu irmão Roberto Milanez.

Outra condenação

No ano passado, José Carlos Elias já havia sido condenado na Máfia dos Sanguessugas por corrupção passiva e irregularidades em Marataízes. O ex-deputado foi condenado a quatro anos, sete meses e 10 dias de reclusão em regime semiaberto, além do pagamento de multa no valor de R$ 36,4 mil, corrigidos desde 2002.

A Máfia dos Sanguessugas utilizava de forma irregular verbas públicas federais destinadas à Saúde. Os envolvidos fraudavam processos licitatórios para a aquisição de unidades ambulâncias e de equipamentos médicos e odontológicos e superfaturavam o preço dos materiais. Mais de 600 municípios brasileiros participaram do esquema fraudulento.

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