Política

Novo líder do governo na Assembleia, Rodrigo Coelho fala dos desafios que deve enfrentar na função

Rodrigo Coelho

Foto: Divulgação/Assembleia

Cinco meses após retornar a Assembleia Legislativa, o deputado Rodrigo Coelho (PDT) assumiu na última segunda-feira (15) o cargo de líder do governo na Casa. O cachoeirense vai ocupar o cargo que era de Gildevan Fernandes (PMDB), que pediu licença da função do início do mês.

Aliado do governador Paulo Hartung e ex-secretário estadual de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades) durante o ano de 2016, Coelho terá um objetivo muito específico no cargo: conseguir aprovar os projetos do governo com agilidade e lidar com uma oposição cada vez maior e barulhenta na Assembleia.

Para saber um pouco mais sobre esses desafios, o Folha Vitória conversou com o deputado, novo líder de Hartung entre os deputados.

Folha Vitória: Porque aceitar o cargo de líder de governo na Assembleia?
Rodrigo Coelho: Esta é uma missão importante para o Estado do Espírito Santo. O governo entendeu que eu poderia contribuir no debate das matérias importantes e eu não podia fugir da responsabilidade, não podia fugir desse momento importante de ajudar o Estado.

F.V: Quais são os maiores desafios que o senhor enxerga nessa nova função?
R.C: O maior desafio que nós vamos ter sempre é a manutenção da base unida. É através da união dessa base que a gente consegue caminhar na mesma direção. Eu tenho tido uma contribuição grande dos colegas deputados e isso vem sendo muito importante também.

F.V: O cargo de líder do governo é de indicação exclusiva do governador. Como é e como está a sua relação com o Paulo Hartung?
R.C: Meu relacionamento com o governador é o melhor possível. É um relacionamento aberto, franco, o governador sempre foi muito correto comigo, afável, carinhoso. Minha relação com ele é das melhores.

F.V: E como é o relacionamento do senhor com os demais deputados?
R.C: Quando fui sondado pela primeira vez, pelo secretário Zé Carlinhos (José Carlos da Fonseca Júnior, secretário da Casa Civil e indicado pelo governador Paulo Hartung para dialogar com os deputados), eu disse ao secretário que precisava primeiro conversar com os colegas deputados para saber o que eles achavam, se me apoiavam. Tenho uma boa convivência com os deputados, um respeito grande.

F.V: O cargo de líder tem algumas ressalvas, principalmente ao desgaste junto aos demais parlamentares. Como lidar com isso junto aos colegas?
R.C: Conversando! O diálogo é a nossa maior ferramenta de construção. É preciso dialogar para manter a relação amistosa e cordial. 

F.V: O cargo de líder é um cargo de destaque e que traz muita repercusão. O senhor acredita que ele pode te trazer benefícios para uma possível eleição?
R.C: Essa é uma discussão muito antecipada. Se eu assumo uma função coletiva desejando construir um projeto que tenha motivação o meu próprio sucesso, isso pode não ajudar. É capaz que esse desejo próprio prejudique as duas coisas. Neste cargo é preciso fazer uma discussão coletiva, nós precisamos trabalhar para que todos os deputados consigam trabalhar, para que todos consigam fazer por suas bases.

F.V: Quando aceitou o cargo o senhor colocou algum prazo para permanecer na posição de líder?
R.C: Não. Aceitei o cargo sem prazo definido. 

F.V: Euclério Sampaio e Josias da Vitória, os outros dois deputados do PDT, partido que o senhor é filiado, estão adotando uma postura de oposição ao governo - exatamente o oposto da função do cargo que o senhor começa a exercer. Como é o relacionamento do senhor com os dois e como será essa relação no Plenário?
R.C: Primeiro, meu relacionamento com os dois e com os outros deputados é o mesmo de sempre: baseado no respeito. Quando fui convidado para assumir o cargo, pedi para que o partido deliberasse quanto a isso. O partido deliberou favoravelmente a minha entrada no cargo e isso me deixou muito confortável. Como eles vão atuar na Casa é função deles. Eu vou exercer meu papel com muito respeito.

F.V: Um projeto foi protocolado na Casa para criação do cargo de líder da minoria. Qual a sua opinião sobre a criação desse cargo?
R.C: Eu prefiro não opinar sobre isso. Tudo que eu disser tem relação com o governo e o governo não vai opinar sobre essa questão. 

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