Nov 2021
16
Stefany Sampaio
AGRO BUSINESS

porStefany Sampaio

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porStefany Sampaio

País embarcou 33,3 milhões de sacas até o fim de outubro

O desempenho do mês passado elevou as remessas do país a 33.274.973 sacas no acumulado do ano, gerando US$ 4,815 bilhões. Essa performance representa declínio de 6,3% em volume, mas alta de 7% em receita frente à movimentação conferida entre janeiro e o fim de outubro de 2020.

No ano safra 2021/22, o desempenho é similar, com os embarques recuando 20,7%, para 12,331 milhões de sacas, porém com a receita avançando 6,5%, a US$ 2,011 bilhões, entre julho e outubro.

“A queda no volume das exportações reflete a continuidade dos conhecidos gargalos logísticos no comércio marítimo mundial. O cenário é preocupante porque especialistas do setor, com os quais nos reunimos em diversos eventos nacionais e internacionais, apontam que esses entraves devem se arrastar durante 2022, devido ao grande volume dos produtos agrícolas brasileiros acumulados nos portos e às safras que são escoadas a partir do segundo semestre”, explica Nicolas Rueda, presidente do Cecafé.

Outra preocupação apontada por ele no que se refere aos gargalos na logística é a elevação dos custos. “Eles têm contribuído para as fortes altas nos índices de inflação, gerado indisponibilidade de insumos essenciais ao agronegócio no Brasil e uma escalada nos preços que começa a preocupar os produtores como um todo. Logicamente, o setor cafeeiro não é poupado dessas aflições”, comenta.

Frente ao desempenho positivo registrado na receita cambial com as exportações da commodity, o presidente do Cecafé informa que resulta do contexto mercadológico. “Apesar da queda em volume, a geração de divisas para o Brasil com os embarques tem importantes crescimentos, que se justificam pela elevação das cotações internacionais do café, assim como pelos atuais níveis do dólar”, pontua.

 

Principais destinos

Segundo o Cecafé, no acumulado de 2021 até o fim de outubro, o Brasil exportou café para 119 países. Os Estados Unidos seguem como os principais importadores do produto, com a aquisição de 6,468 milhões de sacas, montante praticamente estável em relação às 6,489 milhões adquiridas no mesmo intervalo em 2020. Esse volume representou 19,4% dos embarques totais do país até o momento.

A Alemanha, com representatividade de 16,5%, importou 5,474 milhões de sacas (-8,2%) e ocupou o segundo lugar no ranking. Na sequência, vêm Itália, com a compra de 2,383 milhões de sacas (-7,7%); Bélgica, com 2,270 milhões (-22,6%); e Japão, com a aquisição de 2,074 milhões de sacas (+12,5%).

Destaca-se, ainda, a aparição de outros dois países produtores entre os principais destinos das exportações brasileiras de café. A Colômbia ocupa a sétima colocação no ranking, com a aquisição de 945.694 sacas entre janeiro e outubro de 2021, apresentando substancial alta de 56,7% frente às compras feitas nos 10 primeiros meses do ano passado. Desse total, 885.179 mil sacas são do grão verde, utilizado para industrialização e consumo interno. O México aparece no oitavo lugar, com a importação de 787.485 sacas (-12,5%), sendo 763.131 sacas de café in natura.

O café arábica foi o mais exportado de janeiro a outubro de 2021, com o despacho de 26,771 milhões de sacas ao exterior, o que correspondeu a 80,5% do total. Já a variedade canéfora (robusta + conilon) teve 3,251 milhões de sacas embarcadas, com representatividade de 9,8%. Na sequência, vêm os segmentos do produto solúvel, com 3,215 milhões de sacas (9,7%), e do café torrado e torrado e moído, com 37.540 sacas (0,1%).

O relatório completo das exportações de café em outubro de 2021 está disponível no site do Cecafé: https://www.cecafe.com.br/.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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