A indústria deve participar ativamente da reciclagem e da economia circular.

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No mês de março, em que se comemorou o Dia Mundial dos Catadores de Materiais Recicláveis (1º) e o Dia Mundial da Reciclagem (18), Tamires Silvestre ressaltou a importância da cadeia de reciclagem para o avanço da economia circular.

O “Anuário da Reciclagem 2020”, da associação Nacional dos Catadores e Catadoras de Materiais Recicláveis (ANCAT) e a Pragma Soluções Sustentáveis, trouxeram um levantamento do perfil de trabalhadores dessa cadeia. Fica evidente o progresso no sistema de coleta seletiva, mas o estudo também expõe o muito que ainda precisa ser feito.

Um total de 1.829 organizações de recicladores foram cadastradas para o anuário. Juntas, elas faturaram R$547,2 milhões, em 2019. Com dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), de 2012, o anuário contabiliza que existam entre 400 e 600 mil catadores em todo Brasil, entre os organizados em cooperativas e autônomos. Essa massa de trabalhadores foi responsável por recuperar 1,57 milhão de toneladas de materiais recicláveis (2019)
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O estudo aponta que a região Sudeste foi a que teve o maior volume de resíduos recuperados: 45,2%. Em seguida, vêm as regiões Sul (28,3%), Centro-Oeste (12,4%), Nordeste (8,3%) e Norte – esta última com apenas 5,8% de materiais sendo destinados à reciclagem. Apesar dos índices ainda baixos, a destinação correta dos resíduos recicláveis possibilitou, ao todo, reduzir as emissões de 174 mil toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera, naquele ano.

Dados como esse apontam os desafios para a construção de uma cadeia de reciclagem forte e produtiva. As conquistas não são pequenas, mas há muito o que realizar daqui para frente.
Com diferentes projetos para estimular a circularidade, a Dow vem atuando em conjunto com as cooperativas de reciclagem por entender que seus trabalhadores – que são parte essencial dessa mudança na forma de produção – necessitam de apoio institucional e de ações inclusivas para atuarem de forma cada vez mais segura e efetiva.

E é com esse foco que, desde 2019, a Dow trabalha em parceria com a Boomera e a Fundación Avina, na realização do projeto “Reciclagem que Transforma”, com o objetivo de desenvolver um modelo de negócio sustentável em cooperativas do estado de São Paulo. No primeiro ano, foram alcaçados resultados animadores: um aumento de 35% no faturamento das cooperativas, em média.

Trabalhando com cooperativas deste mesmo grupo, em parceria com a Boomera LAR, a Dow lançou em outubro de 2020 a sua primeira resina pós-consumo reciclada na América Latina. A resina é 100% desenvolvida e comercializada no Brasil, um produto de alta qualidade – que entrega resultados, na aplicação final, comparáveis aos de resinas virgens. Esse projeto, construído a partir de um ano e meio de pesquisas e desenvolvimento de produto, tem como consequência o investimento e a profissionalização das cooperativas parceiras.

Graças a este novo ecossistema, que inclui vários setores da cadeia e, especialmente, os trabalhadores de materiais recicláveis, a Dow está avançando na circularidade do plástico, contribuindo para o fortalecimento do setor e com a inclusão social e econômica de seus trabalhadores. E é o que continuará a fazer, daqui para frente, sempre tendo como objetivo o pleno desenvolvimento da economia circular – essa forma de produção que poupa recursos naturais e reduz enormemente o desperdício dos resíduos sólidos no ambiente.

Fonte: Tamires Silvestre
Sustainability Manager Brazil for Packaging & Specialty Plastics/ https://www.dow.com/pt-br

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