Crise – eterna luta contra a ineficiência e perdas

Nosso foco na Gestão é uma ação permanente pois sabemos muito bem que os resultados são advindos de uma boa preparação, planejamento correto e eficiente e também de uma mobilização forte, profunda e decidida.

GAF_2016.02.22_12h41m21s_001_Recentemente (Valor Econômico) divulgou-se uma ação mundial da Toyota com o direcionamento para o corte nos custos pela montadora como estratégia para compensar perdas de vendas no mundo. O modelo ou método de gestão com foco na redução dos custos permitiu uma redução de custos na ordem de US$ 1 bilhão em todo o mundo. Durante seis meses a venda de veículos da marca caiu em quase 200 mil unidades em relação a igual período de 2014, num total de 4,27 milhões em todo o mundo, mas o faturament0 aumentou 8,9% e o lucro líquido, 14% (US$ 5 bilhões). No relatório a investidores, a companhia explica que além das flutuações cambiais e o enfraquecimento do iene, o resultado financeiro positivo se deve ao esforço na redução dos custos.

A revista VEJA, edição 2466 (nas bancas) traz duas reportagens interessantes sob o ponto de vista da gestão com foco em resultados, e por conseguinte das estratégias de sobrevivência em tempos de crises. Uma delas tem o título: “A receita para avançar na crise” por Bianca Alvarenga. A jornalista cita que o Brasil passa pela mais profunda recessão econômica desde meados dos anos 80. Já existem mais de 9 milhões de desempregados.

HONDA – a montadora  foi a única entre as dez maiores montadoras a registrar aumento no número de emplacamento de carros. Enquanto as vendas como um todo diminuíram 24%, a Honda cresceu 11% no segmento. Várias são as ações empreendidas para o alcance destes bons resultados, entre elas o ótimo desempenho de vendas do modelo HR-V, SUV lançado no primeiro semestre de 2015. Na visão dos consumidores fica a credibilidade da marca com serviços de manutenção com preços adequados, design e qualidade. A reportagem tem outros casos de sucesso em meio a crise onde se destaca empresas com visão de mercado, planejamento estratégico bem conduzido. Em destaque a reportagem diz: “As companhias com finanças saudáveis e que se antecipam à nova realidade dos mercados em que atuam conseguem roubar espaço da concorrência” , e obviamente conquistar melhores níveis de resultados, mesmo na crise.

PONTO NEGATIVO – na mesma edição de VEJA aparece uma outra reportagem que mostra o quanto estamos vulneráveis em termos de resultados de produtividade na gestão pública. Segunda a reportagem “SERÁ QUE TEM REMÉDIO?” relatório obtido pela revista revela que foram incineradas 700 toneladas de medicamentos e material hospitalar. Segundo o autor da reportagem, Thiago Prado, trata-se de um retrato da leniência e da má gestão. Em resumo, DESPERDÍCIO em proporções alarmantes – tempo, dinheiro e vidas humanas. O valor desta perda gigantesca ainda não foi computado.

Sem entrar no mérito das causas e aprofundamento das mesmas, podemos dizer que nossa luta por uma gestão competente no serviço público faz parte das estratégias de minimização dos efeitos das crises pelas quais estamos passando. Nossos indicadores não são nada bons nas áreas de educação, qualidade de produtos e serviços, inovação tecnológica, investimentos em ciência e gestão… enfim estamos perdendo a guerra para nós mesmos.

Não existem respostas simples para problemas complexos – se pensarmos nos problemas (indicadores e benchmarks) da saúde brasileira vamos encontrar várias situações problemáticas – veja o quadro abaixo:

GAF_2016.02.21_22h37m57s_007_Uma avaliação estratégica e operacional dos resultados do setor da saúde brasileira está aqui formulada na relação Causa e Efeito do diagrama de Ishikawa – 8Ms. Podemos, sem muitos detalhes, perceber a complexidade da gestão dos fatores de causas (itens de verificação) para chegarmos aos Efeitos pretendidos. Cada um dos M que estão representados no diagrama espinha de peixe tem seu desdobramento específico para que possamos chegar na raiz do problema.

De uma forma geral, considerando a complexidade do tema, todos os itens devem ser aprofundados e transformados em um plano de ação, tipo 5W2H (já fizemos um post sobre a ferramenta). O item apresentado na reportagem da revista VEJA, aqui pode ser contabilizado também nos itens – MÃO DE OBRA, MÉTODO, MATÉRIA PRIMA, MENSAGEM (Comunicação) e no MANAGEMENT (Gestão do Sistema).

Fica a dica: Com método e pessoal altamente engajado e competente podemos eliminar perdas e encontrar saídas inteligentes para a crise, seja ela mundial ou local. Empresas e setor público tem as mesmas ferramentas para afugentar o risco da derrota, concorda?

Em tempo: a figura aqui apresentada foi utilizada em reunião de melhoria de resultados na Secretaria de Saúde do governo do RN entre 2008 e 2010. Lá também se verificou perdas enormes em medicamentos que se tornaram objeto de descarte.

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