Aprenda a montar sua reserva de emergência

Antes de cuidar do futuro é importante se preparar para o presente. Para isso, o dinheiro que você está poupando deve ser destinado primeiramente com foco na reserva de emergência e, apenas depois, aplicado em outros investimentos de médio e longo prazo. Para isto a reserva de emergência deve ser alocada em aplicações com maior liquidez — facilidade para converter em dinheiro na sua mão  — e mais conservadoras, ou seja, de menor risco.

O ideal é que seja suficiente para cobrir suas despesas por um período de seis meses a um ano e será utilizada em caso de perda de emprego ou necessidade de resolver imprevistos, como conserto de um carro, problemas de saúde ou algum acidente. Dessa forma, se o seu custo de vida mensal médio é de R$ 2 mil, você precisará compor uma reserva entre R$ 12 mil e R$ 24 mil.

Os investimentos mais diversificados e com maiores riscos são ideais para compor outra parte da sua reserva, pois, geralmente a liquidez não é tão rápida e existe o risco de oscilação, e neste caso se precisar do recurso pode não ser o momento ideal para utiliza-lo. Em momentos de  crises como a que estamos vivenciando atualmente , algumas pessoas perdem fontes de renda ou passam a ganhar menos, ao mesmo tempo em que a maioria dos ativos de renda variável passam por um mau momento. Se você não tiver dinheiro aplicado em produtos mais conservadores e com liquidez alta, a única alternativa será realizar prejuízos, o que prejudica consideravelmente a sua rentabilidade acumulada e consequentemente atrapalha a construção do seu patrimônio.

Por fim, vale ressaltar que fatores como médicos de rotina, gastos não essenciais e faculdade dos filhos devem estar bem delineados no seu planejamento, para que não precise usar sua reserva com estes gastos cotidianos e previsíveis. Afinal, algo que pode ser planejado com antecedência não é uma emergência.