Após a crise que afetou os mercados em 2020, confira as principais questões que tendem a influenciar os mercados mundiais no próximo ano. Para isso, destacamos alguns dos principais fatores, sejam eles: uma base fraca para as projeções de crescimento, que tendem a apresentar um bom desempenho, o andamento da vacinação, assim como algumas medidas de bancos centrais que promovem maior liquidez global.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou relatório em que estimou um crescimento da economia global de 6% em 2021, ante previsão anterior de 5,5%. A previsão para o crescimento brasileiro, porém, foi menor, de +3,7%. Já em 2022, as projeções do fundo apontam para uma alta de 4,4% no aspecto mundial.
Esses dados são resultado de uma base de comparação baixa. Ou seja, devido à recessão global em 2020, o próximo ano deve recuperar as perdas, aumentando a atividade econômica.
Nesse sentido, o índice de gerentes de compras (PMI) industrial da zona do euro, que representa a atividade da indústria por lá, saiu de 57,9 pontos em fevereiro para 63,3 pontos em abril, batendo recorde histórico.
São três os principais fatores que influenciam neste movimento global: medidas econômicas de aumento de liquidez na maioria dos países, vacinação em massa que já atinge parcela relevante da população, principalmente de países desenvolvidos, e o aumento de preços a nível global, com destaque para a demanda mais forte originada na China.
Os pesados estímulos fiscais globais têm motivado uma liquidez maior na economia, o que influencia no aumento do consumo. Os Estados Unidos têm agido no mesmo sentido, tendendo a motivar uma alta de preços generalizada. O pacote de estímulos fiscais e infraestrutura no valor de US$ 1,9 trilhão é um exemplo disso. Mas também a política acomodatícia do Federal Reserve, o Banco Central americano, com a manutenção dos juros em patamares baixos, tende a estimular a economia.
A vacinação já atingiu patamares superiores a 25% da população totalmente imunizada nos Estados Unidos, assim como 15% totalmente imunizados no Reino Unido. Em outros países desenvolvidos as taxas são semelhantes. Assim, uma consequência natural é que a atividade econômica comece a melhorar, com cada vez menos medidas de isolamento.
Até mesmo por isso e como consequência da maior liquidez global, a pressão inflacionária deve acelerar nos próximos meses mundialmente. Na China, o movimento de alta nos preços das commodities já auxiliou a provocar uma alta de 18,3% na atividade econômica no primeiro trimestre. E isso deve se intensificar com o aumento da demanda global.
Assim, todo esse cenário vem melhorando as perspectivas de crescimento, o que beneficia principalmente os emergentes, mesmo com o Brasil relativamente fora da festa. Vale ficar de olho nesses fatores quando for realizar os seus investimentos.
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