A G2D Investments, subsidiária da GP Investments, foi fundada por Jorge Paulo Lemann, um dos empreendedores de maior destaque no Brasil. A empresa está abrindo capital no exterior, com oferta de BDRs do papel no Brasil.
A empresa realiza investimentos em empresas de tecnologia no mercado internacional, e é um dos IPOs mais aguardados deste semestre.
A GP Investments foi fundada em 1993 por Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles. Ao todo, a gestora desenvolveu mais de 50 negócios em private equity, por meio da captação de mais de US$ 5 bilhões em oito fundos. Além disso, já chega a US$ 1,1 bilhão o capital proprietário investido junto com investidores. Vale ressaltar que suas estratégias de investimento se dão por meio de capital proprietário, private equity e real estate.
A G2D Investments, por sua vez, é uma subsidiária da GP Investments e pretende oferecer aos brasileiros a oportunidade de investir em companhias de tecnologia consolidadas no mercado global. Foi criada há menos de um ano e tem sede nas Bermudas, começando a ser lançada no mercado agora por meio da abertura de capital em bolsa (IPO), que será disponibilizada no Brasil por meio de Brazilian Depositary Receipt (BDR).
Algumas das vantagens que a G2D dispõem, nesse sentido, são:
Além disso, a G2D é uma companhia de investimentos que possui aportes minoritários em empresas tech-enabled, ou seja, que desenvolvem tecnologias disruptivas em grandes mercados. Algumas das empresas em seu portfólio são a Blu, fintech que oferece soluções financeiras que conectam lojistas a fornecedores; Quero Educação, plataforma educacional referência no Brasil; Cerc, que oferece infraestrutura ao mercado financeiro de crédito; a Sim; Paul, uma plataforma de corretagem com uma proposta de valor única para Agentes Autônomos de Investimentos, sob a forma de um modelo de parceria; o Mercado Bitcoin, maior plataforma de ativos digitais da América Latina; a The Craftory, casa de investimentos que atua nos Estados Unidos e no Reino Unido, focada no mercado de venture capital de alto crescimento no Vale Silício; e a Expanding Capital, que investe no mercado de alto crescimento de venture capital no Vale do Silício.
Com oferta base de 139.664.805 BDRs, a transação deve movimentar cerca de R$ 1 bilhão, atingindo preço entre R$ 5,73 a R$ 8,79 por ação, com valor mínimo de R$ 3 mil. As reservas terminam nesta sexta-feira (07), com início das negociações na B3 no dia 12.
Jorge Paulo Lemann é conhecido por implementar no Brasil um modelo de gestão focado na eficiência, recuperando ou erguendo empresas por meio da cultura implementada. Após cursar economia em Harvard, ele chegou a trabalhar no Credit Suisse, mas retornou ao Brasil.
Após algumas tentativas em negócios, levantou US$ 800 mil junto a investidores para abrir uma corretora, a Garantia, dando início ao modelo de gestão que queria implementar, baseado no Goldman Sachs. Uma das estratégias deste modelo era manter funcionários e sócios todos em uma mesma sala, pois ele entendia que o ambiente comum motiva a eficiência e o trabalho. Outra estratégia é remunerar por meio de salários mais baixos, mas com a possibilidade participação nos lucros da empresa, a depender da alta performance. Assim, trata-se de uma cultura empresarial voltada para otimizar a eficiência na geração dos lucros.
Nos anos seguintes, o Garantia adquiriu diversas empresas, como Lojas Americanas e Brahma, também otimizando sua atuação. No primeiro caso, por exemplo, 40% dos funcionários foram demitidos para reduzir os custos e melhorar a atividade operacional.
Na década de 90, o Banco Garantia foi vendido ao Credit Suisse por US$ 675 milhões. E em 1999 a Brahma, controlada pelo grupo de Lemann adquiriu a Antártica, formando a Ambev, por meio da implementação das mesmas medidas de eficiência já mencionadas. A partir daí, ele continua investindo em novos negócios, mas sempre com a máxima de que não adianta só ter dinheiro, tem que ter gestão.
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