Maio 2021
7
Tiago Pessotti
MERCADO DIÁRIO

porTiago Pessotti

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porTiago Pessotti

Lucro ajustado da Ambev teve alta de 124,9%

Ontem (06) foi divulgado o resultado da Ambev e, após, suas ações subiram e fecharam o pregão em alta de 8,88%. A empresa reportou um lucro líquido ajustado de R$ 2,761 bilhões, em alta de 124,9% no primeiro trimestre deste ano em relação ao primeiro trimestre de 2020. O Ebitda da Ambev (ABVE3) no primeiro trimestre teve alta de 24% a/a, em R$ 5,3 bilhões, surpreendendo positivamente o mercado, com margem Ebitda consolidada de 32%, uma queda de 1,6 ponto porcentual a/a em razão de custos mais altos. Já as vendas subiram 28% a/a, chegando a R$ 16,6 bilhões.

Este já é o terceiro trimestre consecutivo em que o preço médio da cerveja cresceu acima das expectativas no país. Além disso, a estimativa do BTG é de que a plataforma Zé Delivery foi responsável por mais de 8% das vendas da Ambev no Brasil e, segundo a empresa, a plataforma registrou quatro milhões de pedidos no período.

No Canadá, por outro lado, o volume de vendas cresceu acima do esperado porque houve ganhos de participação de mercado.

Outras empresas que divulgaram balanços nesta semana

Iguatemi (IGTA3)

Os resultados trimestrais da rede de shoppings de alto padrão vieram acima do esperado. A receita líquida subiu 8% em comparação com o mesmo período do ano anterior (a/a), em R$ 169 milhões, algo inesperado devido aos fechamentos recentes. O lucro líquido veio em R$ 39,8 milhões, alta de 219,9% a/a, enquanto o FFO — lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa — subiu 59% a/a, 14% acima das estimativas do BTG Pactual, em R$ 77 milhões, o equivalente a R$ 0,44/ação.

O Ebitda — lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização — ficou em R$ 101 milhões, no mesmo patamar do primeiro trimestre de 2020. Seus shoppings permaneceram abertos cerca de 60% do que habitualmente ficam em tempos normais. Com isso, as vendas reduziram em 25,6% a/a, a vacância aumentou 3,2 pontos percentuais na mesma comparação, em 9,7%, assim como a taxa de inadimplência teve alta de 7,6 pontos percentuais, em 11,3%.

Apesar de alguns indicadores em queda, o BTG avalia que as operações não se deterioraram como esperava-se levando em conta as restrições aplicadas aos shoppings.

BR Properties (BRPR3)

A receita líquida da empresa, que investe em imóveis comerciais, foi de R$ 82 milhões, em alta de 8% a/a. Já o Ebitda ajustado subiu 11% a/a, em R$ 59 milhões. Ainda, o FFO ficou em R$ 0,09 por ação, em queda de 8% a/a.

Ao mesmo tempo que uma área de 11.900 m² foi locada no trimestre, 10.500 m² de locações foram canceladas. Com isso, a taxa de vacância permaneceu no mesmo patamar, em 21,2%, ou 32% se for incluída a construção do Parque da Cidade, que foi concluída recentemente. O preço do aluguel/m² avançou 7,6% t/t e 12,1% a/a, principalmente com a alta da inflação medida pelo IGP-M.

O BTG destacou que os números operacionais evoluíram, principalmente com o aumento das atividades de leasing — em que a locadora adquire um bem escolhido pelo cliente para alugar para o mesmo — e os ajustes dos aluguéis pela inflação.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3)

No mercado interno as vendas líquidas caíram 2,9% a/a. Nesse sentido, os que desempenharam pior foram os formatos Hipermercado e a bandeira Pão de Açúcar. Enquanto os supermercados e lojas de bairro apresentaram crescimento. O e-commerce também cresceu, com aumento de 137% a/a nas vendas, representando 5,7% das vendas totais, alta de 0,7 ponto percentual.

Algumas das justificativas do GPA para as vendas menores foram a forte base de comparação, o fim do auxílio emergencial; as medidas restritivas, com redução do horário de funcionamento e proibição de comercialização de categorias não essenciais, o cancelamento do Carnaval e o fechamento de 41 lojas ao longo de 2020 para otimizar o portfólio.

A operação brasileira correspondeu a 53% da receita líquida consolidada e 58% do Ebitda. Além disso, o lucro líquido no Brasil ficou em R$ 81 milhões, ante prejuízo de R$ 99 milhões no primeiro trimestre de 2020.

As vendas do Grupo Éxito, empresa colombiana incorporada pelo Pão de Açúcar, cresceram 15% a/a, em R$ 5,8 bilhões, mas em queda de 2,6% se considerarmos os efeitos da variação cambial. Assim, as vendas líquidas consolidadas aumentaram 4,9% a/a. E as despesas de vendas, gerais e administrativas caíram 0,5 ponto percentual a/a em relação às receitas.

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