Ações mais baratas da bolsa
Em um contexto nacional conturbado, com riscos políticos, fiscais, e ainda tendo em vista a proximidade com as eleições, é essencial alocar em ativos que deem uma boa proteção ao seu portfólio.
Em cenários de instabilidade isso pode separar o joio do trigo, inclusive no que se refere à rentabilidade. Por isso, você precisa diversificar sua carteira, e os ativos globais, dos quais falaremos hoje, são uma boa forma de fazer isso.
Para proteger o seu patrimônio do risco de um país e descorrelacionar o desempenho da sua carteira ao desempenho deste, você pode comprar ouro, alocar em moedas estrangeiras diretamente ou investir em empresas no exterior.
Nesse sentido, uma forma interessante para o momento é a alocação em BDRs, que lhe permitem se expor ao mercado global sem dar muito trabalho para abrir conta em corretoras lá fora. Basta você entrar em seu home broker e buscar o ticker do BDR, da mesma forma como você busca as ações nacionais.
Do inglês, BDR (Brazilian Depositary Receipts) significa Recibos Depositários Brasileiros, que consistem em certificados emitidos por instituições e que representam ações emitidas por empresas em outros países, mas que são negociadas no Brasil. Ou seja, há um lastro em ativos emitidos fora do Brasil, embora o recibo esteja sob a “guarda” de uma instituição nacional.
Apesar do mercado americano estar batendo máximas sucessivas e do risco de tapering que pode afetar o desempenho dos ativos de renda variável no país, esse desempenho está mais concentrado nas ações de tecnologia e negócios ligados ao meio digital de forma geral.
Enquanto isso, ações mais conservadoras e de setores mais tradicionais, como o financeiro, não subiram tanto e ainda podem apresentar janelas de oportunidade. O S&P e a Nasdaq, que mais subiram, têm justamente muitas empresas de tecnologia, enquanto o Dow Jones, que escalou menos, possui mais empresas da economia tradicional.
Há riscos em dolarizar a carteira neste momento?
Muitos têm “medo” de entrar no mercado americano com o dólar alto, visto que, se ele cair, as ações americanas também caem em reais, se isolarmos o restante das variáveis.
Sobre isso, a primeira coisa a ser mencionada é que devemos ter uma janela mais próxima de R$ 5 para entrar nestes ativos, o que seria um bom momento para entrar. Além disso, a questão não é tão simples, pois em todos os momentos é importante ter uma proteção (hedge). Assim, se o mercado cair ainda mais, as ações atreladas ao dólar podem subir juntamente com o preço da moeda, tendo em vista que, na maioria das vezes, o dólar sobe quando a bolsa por aqui cai.
Por fim, apesar de o mercado estar em um patamar muito elevado ou não, sempre há oportunidades de bons ativos para serem selecionados, ainda mais ao levar em conta uma mentalidade de longo prazo.
As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória