Economia

Mercado reduz previsão para inflação de 2025 pela 4ª vez, mas ainda acima do teto da meta

Além de números da inflação, expectativa para a Selic se manteve em 14,75% ao ano e para o PIB, em 2%, segundo relatório Focus, do Banco Central

Mercado reduz previsão para inflação de 2025 pela 4ª vez, mas ainda acima do teto da meta Mercado reduz previsão para inflação de 2025 pela 4ª vez, mas ainda acima do teto da meta Mercado reduz previsão para inflação de 2025 pela 4ª vez, mas ainda acima do teto da meta Mercado reduz previsão para inflação de 2025 pela 4ª vez, mas ainda acima do teto da meta
Banco Central estima queda da inflação de 5,51% para 5,50%. Porém índice segue 1 ponto percentual acima do teto da meta. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
Banco Central estima queda da inflação de 5,51% para 5,50%. Porém índice segue 1 ponto percentual acima do teto da meta. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A mediana do relatório Focus para o IPCA de 2025 passou de 5,53% para 5,51%, a quarta baixa seguida. Agora, está 1,01 ponto percentual acima do teto da meta, de 4,50%. A projeção para a inflação de 2026 caiu de 4,51% para 4,50%, ou seja, colada ao teto da meta. Um mês antes, também era de 4,50%.

O Banco Central espera que a inflação some 4,8% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme a trajetória divulgada no comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom) da última quarta-feira, 7. O fim do ano que vem é o horizonte relevante do colegiado. A partir deste ano, a meta de inflação é contínua, com base no IPCA acumulado em 12 meses.

O centro é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o BC perdeu o alvo. A mediana do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 4,0% pela 12ª semana consecutiva. A projeção para o IPCA de 2028 permaneceu em 3,80%. Um mês antes, estava em 3,79%.

A mediana para a Selic no fim de 2025 continuou em 14,75% pela segunda semana consecutiva. Nesse sentido, indica que os juros devem terminar o ano no nível atual. Na última quarta-feira, 7, o Copom aumentou a taxa em 0,5 ponto percentual, de 14,25% para 14,75%.

Inflação e Selic

Considerando apenas as 52 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a mediana para o fim de 2025 também se manteve em 14,75% pela segunda semana seguida.

No comunicado da semana passada, o Copom abandonou o forward guidance (sinalização futura) e deixou as possibilidades em aberto para a sua próxima reunião, dos dias 17 e 18 de junho.

Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação. Copom.

O colegiado ainda mudou a descrição do seu balanço de riscos para a inflação, que passou a ser simétrico. Também destacou que os juros precisam ficar em nível “significativamente contracionista por um período prolongado”. Ou seja, uma mudança em relação à comunicação anterior, que pregava a necessidade de uma Selic “mais contracionista”.