Fev 2020
8
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

Juros negativos, crédito privado e investir na argentina, com Albano Franco

Albano Franco chegou à SPX Capital (uma das maiores gestoras de investimentos do país, com R$42,2 bi em fundos) com a missão de estruturar uma mesa especializada em operações de crédito. Em conversa conosco, ele comentou sobre a importância do crédito privado no Brasil, oportunidades em renda fixa e sobre os bastidores da SPX.

Hoje, o SPX realiza mais um avanço em direção às operações de crédito, com o fundo SPX Seahawk, além de consolidar suas posições de crédito nos tradicionais e ultra-concorridos fundos multimercado (Raptor e Nimitz). Ele afirma que o foco inicial do crédito é o Brasil, com possibilidades na América Latina e em seguida no mundo.

Albano avalia que o atual cenário de juros baixos é importantíssimo para o crédito privado e o crescimento do Brasil. O gestor explica que o crédito privado é uma modalidade de renda fixa onde “investidores emprestam recursos para a construção de hidrelétricas, estradas, aeroportos, infraestrutura produtiva. Há alguns anos era difícil oferecer crédito privado que remunerasse o investidor acima da alta Selic que tínhamos.” explica. “A renda fixa não morreu, apenas mudará sua dinâmica e deve ser mais direcionada ao crédito privado.” conclui Franco.

Em análise do cenário econômico mundial, questionamos Albano sobre o cenário juros negativos em diversos países desenvolvidos. Atualmente, a “Selic” de países europeus e o Japão, por exemplo, já é menor que zero.

Ele pondera que nesse contexto, faz mais sentido correr o risco de “perder dinheiro” em países emergentes de maior risco como México, a ter a certeza de que vai “perder dinheiro”, em um papel suíço. O único risco grande demais a ser corrido pode ser a Argentina: “não vemos muito futuro com um governo que leva esse viés ideológico atual.”, diz Albano em referência ao progressista Fernández.

Já com relação às perspectivas sobre o dólar, o especialista em crédito pensa que ainda há espaço para apreciação (alta) do dólar. “O crescimento dos EUA ainda é expressivo entre os desenvolvidos”, observa. Assim, ele recomenda que famílias com gastos no exterior, como em viagens, tenham uma parte do patrimônio dolarizado para não ter surpresas com a cotação na hora de consumir.

Recém chegado na SPX, ele destaca que a casa adota um modelo de gestão diferenciada em relação à maioria dos fundos brasileiros. “Na SPX não existe uma ou duas pessoas que decidem sobre investimentos em ações, commodities, crédito e juros. Existem várias “células” com times que decidem por conta própria, sempre abertos a opiniões externas. O histórico mostra que isso deu muito certo.”

Vainer da Athena responde: a bolsa brasileira está cara?

No evento, também palestrou o gestor especialista em ações brasileiras, André Vainer, da Athena Capital, que revelou uma visão diferenciada sobre ações.

Segundo Vainer, o objetivo da Athena é obter rentabilidade com ações de empresas que crescem ao apresentar resultados (lucros) positivos e realizar bons negócios (aquisições, fusões, expansões).

“Nosso foco não é ganhar com ações que flutuam devido ao nosso estágio de crescimento econômico, por exemplo. Gostamos de empresas pouco “macrodependentes”, isto é, que não dependam da conjuntura do país, e quem sabe, se valorizem mesmo nos tempos difíceis da economia”, conclui.

A bolsa está brasileira já está sobrevalorizada– ou cara? Para Vainer, o chamado “mercado de descontos” acabou no Brasil, mas há oportunidades fantásticas.

Ele explica: “durante a crise, o Itaú, por exemplo, estava sendo negociado na bolsa valendo 7-8x seu lucro anual. Com a melhora das perspectivas para o mercado bancário, ele está sendo negociado a 11x seu lucro anual. O Itaú não está mais sendo negociado com um “desconto”, mas ainda pode crescer no futuro devido ao aquecimento do mercado de crédito.

Logo, as empresas estão chegando a um valor mais justo, mas não estão caras. Em suma, a dinâmica de valorização das companhias deve ser diferente a partir de agora– é um momento inédito para a bolsa de valores no Brasil.

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Uber quer se tornar lucrativo

Frente a prejuízos recorrentes, o CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, diz que a empresa vai adotar uma nova estratégia: vai priorizar lucro em detrimento ao “crescimento a qualquer custo.”

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A carta que movimentou o mercado

As ações da resseguradora IRB Brasil chegou a cair 15% em um dia nesta semana após a gestora Squadra divulgar que lucros contábeis não correspondiam a lucros recorrentes da empresa, o que coloca em jogo a rentabilidade da empresa. Ação termina semana como a maior queda da sexta-feira.

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Ônibus espacial

A SpaceX, startup de exploração espacial de Elon Musk anunicou que é possível reservar um assento no foguete Falcon 9 por um valor 60x menor que uma viagem espacial particular. Mas o preço continua estratrosférico: US$1 milhão.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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