Maio 2020
15
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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Ricardo Frizera
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porRicardo Frizera

"Devemos nos aproximar do modelo americano", afirma Luiz Paulo

Luiz Paulo, que possui estudos nas áreas de economia e gestão de cidades, e avalia que mesmo antes da pandemia, o desafio de governar os municípios passava por articulação de interesses, sendo o maior deles de ordem fiscal.

Ele comenta que “boa parte dos estados e municípios são geradores de despesas e não de receitas. Dependem de recursos da União para sobreviver. A pandemia agrava esses problemas e empurra os governos a buscarem soluções inovadoras. Na Grande Vitória, teremos que acelerar mudanças no financiamento da Ceturb e nos incentivos aos pequenos empreendedores”.

Sobre as soluções para as cidades, Luiz Paulo tem uma visão que contraria o senso comum. Ele não vê que os políticos “não prestam e não resolvem problemas”, como muitos afirmam. Para ele, os poderes têm atribuições importantes e resolvem problemas a todo momento– a chave é construir uma governança pública sólida.

“Na verdade, a grande reforma do Brasil deve ser tirar poder de Brasília e delegar mais aos estados e municípios. Devemos nos aproximar do modelo americano, em que as localidades ficam com o dinheiro que arrecadaram. Os governos subnacionais também devem ter o poder de criar sua prórpia estrutura de governança, afinal, o atual modelo exige a mesma estrutura municipal pra São Paulo e Ecoporanga”.

Na mesma linha, o ex-subsecretário da Casa Civil do ES, Giuliano Nader, acredita que o setor público não conhece as agendas da sociedade pois temos um governo “de cima pra baixo”. Ele avalia que “há um excesso de centralidade de recursos em Brasília e precisamos enfrentar isso, pra podermos sair dessa crise com novas instituições.”

Governo deve aumentar gastos– cortando da própria carne

O vereador de Vitória, Mazinho dos Anjos, acredita que é quase impossível vencer a atual crise sem a ajuda dos governos, apesar de ter um posicionamento mais liberal. “O mundo está vencendo a crise com o protagonismo do Estado no combate ao vírus e à reconstrução econômica.”

De outro lado, ele enxerga que o gasto público não deve ser aumentado– mas sim melhor direcionado. “Os poderes tem que cortar na própria carne para dar estímulos à economia real e evitar um colapso. Não podemos separar o país em castas, onde uns são privilegiados às custas do sofrimento de outros.”

Mazinho usa Vitória como exemplo de um orçamento que não consegue dar apoio a atual crise. “Não temos capacidade de investir com recursos próprios– fazemos isso com dinheiro emprestados. Grande parte do nosso orçamento de R$ 1,9 bi foi destinado a salários e previdência.”, conclui o parlamentar.

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PicPay é destaque no New York Times

A startup capixaba Picpay foi destaque no NY Times. “A carteira digital brasileira atingiu 20 milhões de clientes no início de maio, atingindo uma meta esperada somente para dezembro de 2020”

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Entregas impulsionam pagamentos digitais

O CEO da empresa, Gueitiro Genso afirmou ao jornal que “pequenos negócios aumentaram a busca por pagamentos digitais em meio à pandemia devido ao aumento da demanda por entregas.”

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Pagamento físico cai

Genso ainda afirmou que os pagamentos digitais cresceram enquanto processadoras de cartão que dependem de compras físicas sofreram perdas, como a StoneCo que anunciou redução de 20% do seu quadro de funcionários.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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