Jun 2021
7
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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porRicardo Frizera

A alfabetização se tornou um dos focos da Luma

Antes de atender essa nova demanda, a Luma atuava em um sistema de home base em que os professores, que usam a plataforma e são selecionados pela empresa, iam à casa dos discentes, realizando aulas particulares.

Com a pandemia, a startup decidiu alterar a forma de atendimento para a modalidade online. Até o final de outubro de 2020, esse sistema não atendia alunos com menos de 10 anos. “Porém, nós percebemos a demanda nesta faixa etária, e até abaixo, em alunos ainda em fase de alfabetização. Então buscamos a contratação de pedagogos especializados nessa vertente que começaram a atender clientes mais novos que estavam na fase de aprendizado inicial da língua portuguesa”, afirma Murilo Carvalho, CEO da Luma.

Além de alunos entre seis e oito anos que estavam com dificuldades na alfabetização, também surgiu demanda por estudantes mais novos, entre quatro e seis anos, com os pais contratando os serviços a fim de certificar que seus filhos iriam se tornar alfabetizados na faixa de seis anos de idade.

Esse tipo de serviço contou com alta retenção por parte dos atendidos e cresceu de forma orgânica. Assim, com a abertura da oportunidade, a Luma conseguiu se especializar também no atendimento de discentes mais jovens do que o seu público-alvo inicial.

Além disso, outro fator que chama a atenção é a facilidade com a qual essa nova proposta foi entregue. Esses serviços começaram a ser prestados entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021, mas começaram a ser divulgados em fevereiro deste ano.

Os problemas com a modalidade convencional 

“O problema da alfabetização não é ser online e sim fazê-la com as câmeras fechadas”, afirma Murilo. Isto é, a falta de participação e de meios para capturar a atenção desses estudantes são o grande impasse na adoção do EAD no ensino convencional. O CEO ainda destaca que entre 90 e 120 dias, por meio do atendimento individualizado, já foi possível observar a evolução dos discentes da plataforma. Hoje, a cada três alunos que são clientes da Luma, um é da alfabetização, tornando a edtech uma das alternativas ou meio de complementação ao que é ensinado na modalidade padrão das escolas.

Além disso, dos 600 alunos atendidos em 2021, 230 procuram essa modalidade. Outra demanda forte vem de filhos de brasileiros no exterior que não desejam perder a fluência no português.

Luma se prepara para novo aporte de R$ 1,25 milhão

Com a taxa de juros no Brasil em níveis estruturalmente baixos, os investidores sentiram a necessidade de buscar alternativas mais rentáveis para compor suas carteiras.

Em meio a esse cenário, no fim do ano passado, a startup capixaba Luma anunciou que captou R$2 milhões em rodada de investimento capitaneada pela Apex Partners, casa de investimentos capixaba.

Felipe Caroni, sócio e Gerente de Private Equity, Venture Capital e Dívida da Apex Partners, conta que o ano de 2020 foi muito desafiador e o setor de educação foi um dos mais impactados, mas que a Luma destacou-se em sua estratégia. “Sem a possibilidade de realizar aulas particulares presencialmente, a empresa conseguiu se reinventar em menos de um mês e implantou a modalidade online, que hoje representa 84% das aulas dadas”, afirma.

“Em 2021, a edtech apresentou um crescimento muito forte em sua base de alunos, sendo que o nicho de alfabetização se consolida mais a cada dia. Entendemos que o Brasil é uma terra fértil para o novo private tutoring, um processo que ocorreu na Índia e nos Estados Unidos, com empresas como a Luma recebendo aportes bilionários. Acreditamos que a Luma poderá liderar esse movimento no Brasil”, concluiu.

Neste ano, a empresa se prepara para receber aportes em uma nova rodada de investimentos, que deve captar R$ 1,25 milhão, sendo que R$ 750 mil foram capitaneados pela casa de investimentos capixaban Apex Partners.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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