Jan 2022
21
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

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21
Ricardo Frizera
MUNDO BUSINESS

porRicardo Frizera

No Brasil, 63% dos executivos esperam aumento de receita

O estudo da PwC aponta que 77% dos participantes no Brasil e no mundo acreditam na retomada econômica global e local em 2022. Apesar do alto índice, o percentual revela que o otimismo do brasileiro diminuiu em relação ao mesmo período do ano passado. Na edição anterior, 85% dos CEOs brasileiros acreditavam em uma melhora da economia local.

Ainda assim, o otimismo brasileiro é considerado alto e foi provocado principalmente pelo aumento dos negócios entre os países e a retomada das viagens e do consumo no mundo. Para 6% dos respondentes brasileiros, a economia permanecerá estável. 17% acreditam que a economia global deve retrair. No mundo, 7% apostam na estabilidade econômica e 15% esperam por uma desaceleração na economia.

“A aceleração da vacinação e a retomada gradual da vida e dos negócios são as principais razões desse otimismo no Brasil e no mundo, com os executivos seguindo com seus planos de investimentos e contratações de talentos para o desenvolvimento de suas atividades”, afirma Marco Castro, sócio-presidente da PwC Brasil.

Ainda dentro do contexto de ambiente de negócios, a CEO Survey indica que os Estados Unidos, a China e a Argentina serão os principais mercados estratégicos para empresas brasileiras nos próximos 12 meses. A expectativa de negócios com os Estados Unidos cresceu de 40% em 2021 para 50% em 2022; com a Argentina de 9% para 19%; e com a China houve uma leve estabilidade de 33% para 34% em 2022.

Em relação à expectativa de crescimento da receita de suas empresas para os próximos 12 meses, os líderes brasileiros se mostram mais otimistas na comparação com os executivos de outros países. 63% dos brasileiros afirmam estarem confiantes em relação ao aumento da receita, enquanto o percentual global é de 56%.

Já no Espírito Santo, executivos mantém otimismo com a retomada econômica e esperam que o período eleitoral não afaste investidores. É isso que afirma Nailson Dalla Bernardina, diretor-executivo do Sicoob ES: “A expectativa é que a pandemia seja controlada e que a atividade econômica possa retomar seu dinamismo. Os últimos anos foram muito difíceis do ponto de vista sanitário e econômico, impactando diretamente nos relacionamentos pessoais e no início de novos projetos. Esperamos que o debate político não afaste investidores e que a sociedade faça as melhores escolhas nas eleições 2022”.

Empresários capixabas seguem confiantes na economia, com expectativas por reformas e investimentos em infraestrutura

Com o olhar para o Espírito Santo, Cris Samorini, presidente da Findes, entidade que representa as indústrias capixabas, argumenta que os empresários capixabas seguem confiantes na retomada econômica, preocupados com desafios logísticos e sanitários globais.

“O ano de 2022 ainda será um ano desafiador, afinal para retomarmos o crescimento da economia precisamos superar alguns gargalos na oferta global de insumos e descomprimir custos dos produtos. Também mantemos a cautela em relação à pandemia da Covid-19, diante do crescimento do número de casos da variante Ômicron”, disse.

Mesmo com algumas incertezas, oportunidades internas poderão destravar investimentos e impulsionar o crescimento neste ano, afirma Samorini.

“O setor de infraestrutura, por exemplo, com previsão de concessões de rodovias e aeroportos, e a privatização de portos, como o da Codesa, deve gerar investimentos na ordem de R$ 300 bilhões até o final do ano no país, além de criar empregos e contribuir para o aumento da renda”, explica.

Em meio a esse cenário, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) do Espírito Santo em janeiro atingiu 54,6 pontos, refletindo confiança por parte dos industriais capixabas ao estar acima da linha divisória dos 50 pontos. “Vale destacar ainda que é fundamental que o país encaminhe reformas que há anos são tão esperadas, como a tributária e a administrativa, e consiga avançar em pautas que ajudem a destravar o Custo Brasil”, encerra a presidente da Findes.

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As informações/opiniões aqui escritas são de cunho pessoal e não necessariamente refletem os posicionamentos do Folha Vitória

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