Economia

BC: é difícil identificar determinantes de alta de juros e de spreads do rotativo

Redação Folha Vitória

Brasília - Em um momento de queda disseminada nas taxas de juros das diversas modalidades de crédito, o chefe-adjunto do departamento econômico do Banco Central, Renato Baldini, avaliou nesta quinta-feira, 26, ser difícil identificar os determinantes de aumento da taxa de juros e dos spreads do rotativo do cartão de crédito em dezembro.

"A taxa do rotativo reflete de alguma maneira um conjunto de operações complexas e vários fatores são importantes para determiná-la, como a inadimplência. O histórico de pagamento dos tomadores também tem impacto nessas taxas", citou. "É importante lembrar que há alguma defasagem nos efeitos da inadimplência sobre as taxas de juros", completou.

Prazo

O economista do BC confirmou que a possibilidade de redução do prazo de pagamento de cartão para o lojista segue em discussão, mas não deu maiores detalhes.

Em dezembro, o presidente Michel Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciaram que as regras do crédito rotativo vão mudar. A intenção é fazer com que, após um mês no rotativo, o cliente tenha sua dívida automaticamente transferida para o parcelado, que possui taxas de juros menores. A mudança vinha sendo formulada pelo Banco Central este ano e precisará ser aprovada no Conselho Monetário Nacional (CMN).

O conselho reúne-se na manhã desta quinta e suas deliberações devem ser divulgadas no fim do dia, após as 18 horas. Existe a expectativa de que essa nova dinâmica do crédito rotativo seja detalhada pelo CMN no encontro de desta quinta.

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