Economia

Banco do Japão melhora avaliação de 3 economias regionais

Redação Folha Vitória

Tóquio - O Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) melhorou hoje sua avaliação de três das nove economias regionais do país, na última indicação de que a recuperação econômica doméstica pode alimentar especulação sobre aperto na política monetária.

O BC japonês apresentou visão mais favorável de regiões que incluem áreas administrativas do norte e da porção oeste, que engloba Osaka, citando o mercado de trabalho mais sólido, avanços no consumo e a força das exportações.

Pela primeira vez em mais de uma década, duas regiões relataram economias "em expansão", sem expressões adicionais que enfraquecessem a avaliação. Em relação à economia geral, o BoJ foi mais cauteloso, ao apontar que "se expande moderadamente".

Em relatório trimestral conhecido como "sakura", equivalente ao Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), o BoJ manteve inalterada sua avaliação das demais seis regiões.

O documento foi publicado em meio a rumores sobre possível aperto nas condições acomodatícias da política monetária do BoJ, após a instituição decidir reduzir o volume de uma de suas ofertas de compra de bônus do governo japonês (JGBs) na semana passada, o que ajudou a impulsionar o iene ante o dólar e os rendimentos dos JGBs.

A avaliação também vem uma semana antes da primeira reunião de política monetária do BoJ este ano. Não há expectativa de mudanças imediatas na política, mas o BC japonês irá divulgar novas projeções de crescimento e inflação.

Antes do relatório, o presidente do BoJ, Haruhiko Kuroda, reiterou hoje que a instituição irá manter as medidas de estímulo em vigor até que a inflação atinja a meta oficial de 2% de maneira estável, mas que continua pronta para fazer ajustes em sua política, se julgar necessário.

Apesar dos rumores sobre aperto da política monetária, a inflação no Japão continua muito abaixo do nível desejado. A taxa anual do núcleo da inflação, que desconsidera os voláteis preços de alimentos, foi de apenas 0,9% em novembro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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