Economia

Consumidores esperam inflação de 5,4% em 12 meses a partir de janeiro, diz FGV

Segundo a FGV, o recuo de janeiro reflete a divulgação da inflação acumulada de 2017 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)

Os consumidores com renda acima de R$ 9.600,00 permanecem com as expectativas mais reduzidas, de 4%.

Rio - A mediana da inflação esperada pelos consumidores nos próximos 12 meses ficou em 5,4% em janeiro, um recuo de 0,4 ponto porcentual em relação ao resultado de 5,8% registrado em dezembro de 2017, informou nesta quarta-feira, 24, a Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou o Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores. Com o resultado, o indicador recuou ao menor nível desde setembro de 2007, quando estava em 5,2%. Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 2,5 pontos porcentuais.

Segundo a FGV, o recuo de janeiro reflete a divulgação da inflação acumulada de 2017 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, apurado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que ficou em 2,95%, e pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M, da própria FGV), que encerrou o ano em -0,52%.

"O primeiro por ter ficado abaixo do piso da meta de inflação e o segundo por ser o indicador que baliza os preços dos aluguéis, importante item no orçamento das famílias. Para os próximos meses, espera-se que o indicador de expectativa de inflação apresente um comportamento mais estável, refletindo a trajetória do nível geral de preços da economia", avaliou o economista Pedro Costa Ferreira, do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Na distribuição por faixas de inflação, 48,2% dos consumidores projetaram inflação dentro dos limites de tolerância da meta (de 3% a 6%) perseguida pelo Banco Central. Houve melhora na expectativa para a inflação em todas as faixas de renda, com destaque para as famílias com renda mais baixa, de até R$ 2.100,00 mensais, em que a inflação prevista recuou 0,8 ponto. Os consumidores com renda acima de R$ 9.600,00 permanecem com as expectativas mais reduzidas, de 4%.

O Indicador de Expectativa de Inflação dos Consumidores é obtido com base em informações da Sondagem do Consumidor, que ouve mensalmente mais de 2,1 mil brasileiros em sete das principais capitais do País. Aproximadamente 75% dos entrevistados respondem aos quesitos relacionados às expectativas de inflação.

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