Telefonia lidera lista de reclamações em 2014 nos Procons do País
Brasília - Os Procons de todo o País receberam 2.490.769 reclamações no ano passado, uma média de 206 mil consumidores atendidos por mês. O número subiu ligeiramente em relação ao ano anterior - quando foram feitos 2.481.958 atendimentos - e é 22,6% maior do que o de 2012.
A maior parte das vezes que os consumidores procuraram os Procons foi para fazer algum tipo de reclamação (62,7%). Consultas ou orientações responderam por 37,3% dos atendimentos em 2014.
Os dados fazem parte do Boletim Sindec 2014, documento que reúne informações sobre as demandas dos consumidores apresentadas aos Procons integrados ao Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor (Sindec).
Fazem parte do sistema Procons de 26 Estados, do Distrito Federal e de 336 municípios. Como vários desses Procons contam com mais de uma unidade, o sistema abrange 641 unidades espalhadas por 440 cidades brasileiras.
Por setores, a telefonia fixa e a telefone celular foram os assuntos mais demandados, 9,8% e 9,5%, respectivamente. Em seguida, aparecem os bancos (7%) e cartão de crédito (6,5%). A grande maioria dos problemas apresentados diz respeito à cobrança (35,6%). Problemas na oferta (17,7%) e vício ou má qualidade de produto ou serviço (15,6%) vêm em seguida na lista de reclamações.
A líder entre as empresas com mais reclamações entre as companhias de telecomunicações foi a Oi, com 196.377 queixas. Entre os bancos, o Itaú foi o campeão de reclamações, com 81.537. Ponto Frio, Casas Bahia e Extra estão no topo da lista do varejo, com 50.585 queixas. Na indústria, a Samsung é a que mais teve reclamações: 29.250. A Celpa (distribuidora de energia do Pará) teve 7.864 demandas nos Procons em 2014 e liderou no setor de energia elétrica. Entre as empresas que oferecem planos de saúde, a Amil teve 2.685 queixas. A campeã das reclamações entre as companhias aéreas foi a TAM, com 3.507 reclamações.
"Os dados de resolutividade demonstram o quanto os Procons têm uma atuação estratégica para solução de conflitos de consumo evitando assim que as demandas cheguem ao Poder Judiciário. Por isso, é muito importante reconhecê-los como um espaço de cidadania e de acesso à Justiça", afirmou, em nota, a secretária Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça, Juliana Pereira.
Na plataforma consumidor.gov.br, foram registrados 50 mil atendimentos. Atualmente a plataforma conta com 52 mil usuários cadastrados e 228 empresas credenciadas. O consumidor.gov.br é um serviço público para solução alternativa de conflitos de consumo na internet, monitorado pelos órgãos de defesa do consumidor e pela Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça.