'Temos tempo para uma reforma preventiva'
Brasília - Negociador técnico da proposta de reforma, o secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, diz que ainda há tempo para fazer uma proposta preventiva e evitar medidas mais duras.
Qual o prejuízo de não votar a reforma da Previdência agora?
A reforma é importante por uma questão de igualdade. Para termos um tratamento mais igualitário, não fazendo diferença entre deputado, senador, juiz, desembargador ou alguém que tenha um emprego de remuneração mais baixa no setor privado. Outra questão é o ajuste nas contas públicas, para dar sustentabilidade e para não chegarmos a uma situação tal como correu em Portugal e Grécia, onde houve a necessidade de reduzir o valor dos benefícios.
Vai dar tempo de aprovar a reforma em 2018?
Ainda temos tempo de fazer uma reforma preventiva. Prevenir é melhor que remediar. A proposta tem uma regra de transição longa, que fecha o ciclo da reforma em 20 anos.
Se não for aprovada agora, por que fica mais caro depois?
Tem uma questão estrutural. O Brasil passa por um envelhecimento populacional muito acelerado. É uma questão técnica, mas que é verdadeira.
O sr. continua confiante?
Sim. E vamos fazer de tudo para aprová-la o mais rápido possível. Qualquer alteração que vier na proposta terá de levar em consideração três grandes fatores: que contribua para reduzir a desigualdade do País; o impacto fiscal; e como a alteração torna o ambiente mais propício à aprovação. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.