Economia

Importante é criar uma empresa de classe mundial ,diz Dyogo sobre Eletrobras

Redação Folha Vitória

O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, disse nesta terça-feira, 27, que a privatização da Eletrobras não é relevante só pelo seu aspecto fiscal, e sim pela possibilidade de "criar uma empresa de classe mundial". Ele mencionou que empresas de energia do mundo inteiro atuam em outros países, mas "a Eletrobras não tem condições financeiras de fazer isso."

Ele frisou que o governo não está vendendo a Eletrobras, e sim aumentando seu capital. Com isso, será recuperada a condição financeira de a estatal investir no Brasil e no exterior.

Segundo o ministro, a privatização contribuirá para a queda dos preços da energia elétrica. "Pagamos um prêmio de preço nos leilões porque a Eletrobras não participa. Se o maior não entra, os demais se aproveitam disso", avaliou. Quando a empresa recuperar sua capacidade de investir, ajudará a forçar preços e custos para baixo.

Ele reforçou que, na operação, nenhum grupo privado terá mais do que 10% do capital da empresa. O ministro afirmou ainda que a operação permitirá angariar recursos públicos para a revitalização do São Francisco. Ele afirmou que União, Estados e municípios não têm recursos para isso.

As afirmações foram feitas no evento Diálogo Público "Privatização da Eletrobras: repercussões setoriais para a modicidade tarifária e modelagem societária", promovido pelo Tribunal de Contas da União.

'Aperfeiçoamentos políticos'

Na abertura do mesmo evento, o relator do projeto de lei que regulamenta o processo de privatização da Eletrobras, deputado José Carlos Aleluia (DEM/BA) disse que o texto é tecnicamente perfeito, mas precisa de "aperfeiçoamentos políticos".

"Temos um bom projeto nas mãos, e o Congresso precisa ser convencido disso", afirmou o deputado.

Aleluia relatou que já conversou com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e disse que se reunirá também com o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE) sobre o tema. "A Eletrobras, se continuar no modelo atual, tende a ser irrelevante. A empresa vem perdendo posição no mercado a cada ano. Não estamos tratando como algo que vai vender, mas sim como algo que vai ser reestruturado e vai agregar valor", acrescentou.

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