Economia

Kuroda, do BoJ, diz que tomará novas medidas de relaxamento se necessário

Redação Folha Vitória

Tóquio - O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, sinalizou sua disposição de voltar a agir para reanimar a economia, uma vez que a tendência de valorização do iene ameaça minar ainda mais seus esforços para eliminar a ameaça da deflação de forma decisiva.

Em discurso de abertura feito durante encontro trimestral de dirigentes de unidades regionais do BoJ, Kuroda disse que o BC japonês vai "tomar medidas adicionais de relaxamento monetário", seja pela ampliação das compras de ativos ou reduzindo ainda mais sua taxa de depósitos negativa, para atingir sua meta de inflação de 2%, se necessário.

O comentário de Kuroda veio após o iene atingir novas máximas ante o dólar em cerca de 17 meses. Os ganhos da moeda japonesa dificultam a campanha do BoJ para interromper um ciclo negativo de quedas nos preços, ao tornar as importações mais baratas e prejudicar a rentabilidade das exportadoras japonesas.

No entanto, num sinal de que a confiança em sua própria política pode estar diminuindo, Kuroda não incluiu no discurso, ao contrário do que fez em encontros anteriores de dirigentes regionais, a frase de que as medidas de relaxamento do BoJ estão "gerando os efeitos desejados".

Em fevereiro, o BoJ passou a aplicar uma taxa de -0,1% sobre alguns depósitos de bancos comerciais, para complementar seu programa de compras de ativos, que é atualmente de 80 trilhões de ienes por ano.

A taxa negativa ajudou a reduzir os juros dos JGBs, como são conhecidos os bônus do governo japonês, mas não contribuiu para o enfraquecimento do iene, para a valorização da bolsa japonesa ou para impulsionar as expectativas de inflação entre empresas e consumidores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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