Economia

BC chinês orienta bancos a manter taxas de depósito estáveis, dizem fontes

Redação Folha Vitória

Pequim - Ao mesmo tempo em que implementa publicamente planos para a liberalização das taxas de juros, o Banco do Povo da China (PBoC, o BC chinês) pediu a bancos comerciais do país que mantenham as taxas de depósito abaixo de um teto recém estabelecido numa tentativa de conter os custos do crédito em meio à desaceleração econômica.

Em reuniões realizadas nesta semana, representantes do PBoC orientaram os bancos a manterem as taxas de depósito máximas em níveis estipulados em fevereiro e não aumentá-las para um novo teto, mais elevado, anunciado pelo BC chinês no último fim de semana, segundo duas fontes do setor bancário com conhecimento direto do assunto. As instituições que não cumprirem a determinação estarão sujeitas a uma punição não especificada, disse uma das fontes.

O PBoC não quis se pronunciar a respeito.

A atitude demonstra a urgência do BC da China de impulsionar a economia, cujo desempenho, segundo analistas, parece estar se enfraquecendo. Ao manter taxas de depósito mais baixas, o PBoC está efetivamente evitando que os bancos repassem os custos a possíveis tomadores de empréstimos.

No domingo, o PBoC cortou suas taxas de juros para empréstimos e depósitos em 0,25 ponto porcentual, na terceira redução do gênero em seis meses. Com isso, a taxa de depósito de um ano recuou para 2,25%. Além disso, a autoridade monetária teoricamente deu flexibilidade aos bancos para elevarem os juros sobre depósitos para o equivalente a até 1,5 vez a taxa de referência, ante 1,3 vez anteriormente. Fonte: Dow Jones Newswires.

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