Economia

Fecoagro-RS pede solução imediata do governo para evitar 'caos que se avizinha'

Redação Folha Vitória

Em nota emitida nesta quinta-feira, 24, a Federação das Cooperativas Agropecuárias do Rio Grande do Sul (Fecoagro-RS) reforça seus receios em relação aos desdobramentos da greve dos caminhoneiros e exige do governo federal "uma solução imediata". "Que o governo tenha efetivamente um canal de negociações com as lideranças do movimento e que o bom senso prevaleça e resolva a situação, evitando o colapso no abastecimento para a população brasileira", diz o presidente da federação, Paulo Pires, na nota.

A Fecoagro-RS avalia que até o momento as medidas adotadas nas rodadas de negociações não estão repercutindo ou contribuindo para o controle do "caos que se avizinha".

"Prejuízos significativos têm sido acumulados, principalmente na cadeia de produção agropecuária", informa a Fecoagro-RS. "Ao persistir a paralisação, teremos efeitos em escala exponencial."

Uma das principais preocupações da entidade é com a interrupção no fluxo de cargas vivas. Nesta semana, em entrevista ao Broadcast Agro (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), Pires lembrou do transporte de produtos como leite, frangos e suínos, que são retirados diariamente das propriedades. "Consideramos o pleito (dos caminhoneiros) justo; eles têm razão: a sociedade não pode custear esse aumento abusivo do combustível. Mas pedimos bom senso. A liberação das cargas perecíveis e vivas não deve ser prejudicada no movimento", disse à reportagem.

Segundo ele, esses produtos precisam ir para a indústria diariamente. Pires diz que a paralisação pode gerar desabastecimento de milho nas propriedades. O insumo é o principal da ração na suinocultura e avicultura.

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