Economia

Bradesco anuncia Bruno Funchal, ex-secretário do Tesouro, como novo CEO

Economista, que foi responsável pela organização das contas públicas na gestão de Paulo Hartung, assume função na iniciativa privada após sair do Ministério da Economia

Marcelo Pereira

Redação Folha Vitória


Foto: Reprodução

O Bradesco anunciou Bruno Funchal, ex-secretário do Tesouro Nacional e ex-secretário Especial do Tesouro e Orçamento, como novo CEO da Bradesco Asset Management (Bram), gestora de recursos da instituição financeira. 

Ele assume o novo posto na iniciativa privada após cumprir período regulamentar de seis meses de quarentena, conforme legislação brasileira.

O banco informou que a chegada do executivo atende ao objetivo estratégico de consolidar a Bram como uma das marcas mais competitivas e qualificadas do mercado de gestão de recursos. A Bram tem cerca de R$ 540 bilhões em recursos sob gestão.

Nas redes sociais, Funchal agradeceu pela oportunidade. "Comecei oficialmente na Bradesco Asset Management, uma área que traz diversas oportunidades dentro do mundo dos investimentos e uma nova jornada na minha carreira. Estou muito feliz com esse novo desafio e espero construir novos caminhos com os especialistas do time da BRAM. Obrigado pela confiança de todos!", registrou.

Trajetória de Bruno Funchal

Funchal é bacharel pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), com pós-doutorado pelo Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA). 

Foi professor titular da FUCAPE Business School, em Vitória, e foi pesquisador visitante na Universidade da Pensilvânia. Em 2017 e 2018, ele foi secretário de Fazenda do Espírito Santo, na governo de Paulo Hargung, e atuou como um dos responsáveis pelo processo de ajuste das contas estaduais.

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Ele foi nomeado pelo presidente Bolsonaro em maio de 2021 como secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, no lugar de Waldery Rodrigues. 

Em outubro, ele pediu demissão do Ministério da Economia, num movimento de retirada de toda a equipe, insatisfeita com a derrota da equipe econômica para a ala política do Governo Federal na mudança do teto de gastos para abrir espaço no Orçamento de 2022 para um auxílio de R$ 400. 

Além dele, pediram exoneração a secretária-adjunta Gildenora Dantas e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt.

Foram as primeiras baixas no alto escalão da equipe econômica após a decisão do governo.

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