Economia

ARX: medida do governo visa estabilizar câmbio

Para a economista, a medida de hoje terá pouco efeito no mercado de câmbio. O mais importante é a rolagem dos swaps e o próximo programa que o Banco Central pode ou não anunciar.

São Paulo - A alteração no prazo para operações de crédito no exterior com IOF, anunciada na manhã desta quarta-feira, 4, aponta que o governo deseja estabilizar o câmbio em um patamar estreito e evitar pressão adicional no período pré-eleitoral. A avaliação é da economista-chefe da ARX Investimentos, Solange Srour. "A medida serve como sinalização de que o governo como um todo está preocupado em não ter o câmbio muito mais depreciado do que está, mas também não quer um câmbio muito apreciado", afirmou. "De um lado, o governo não quer alimentar inflação e, de outro, não quer alimentar uma desaceleração na atividade", explicou Solange ao Broadcast, serviço de informações em tempo real da Agência Estado.

Para a economista, a medida de hoje terá pouco efeito no mercado de câmbio. "O mais importante é a rolagem dos swaps e o próximo programa que o Banco Central pode ou não anunciar, para estender o programa", disse. A avaliação é de que o "intervencionismo está muito ativo" por causa da proximidade com o período eleitoral e da importância dos temas econômicos no debate entre os prováveis candidatos. "A medida mostra um gerenciamento muito ativo de um mercado que deveria ser mais flexível", criticou.

De acordo com ela, o País já vive atualmente um período de entrada de recursos, principalmente de renda fixa, devido à manutenção de juros baixos no exterior. "Não acredito que a retirada do IOF é que vai fazer acelerar essa entrada, mas sim a manutenção dos juros baixos lá fora", disse. om)

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