Economia

FMI rebaixa previsão de crescimento dos EUA em 2014

Redação Folha Vitória

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou em um documento divulgado nesta segunda-feira as previsões para o crescimento dos Estados Unidos em 2014 para 2%, menor que os 2,8% projetados no relatório "Perspectiva Econômica Global" divulgado na reunião da instituição em abril. A justificativa para a revisão do número é o inverno rigoroso, que afetou a atividade econômica no país no começo de 2014.

Depois dos efeitos negativos do inverno no Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, o FMI destaca que os recentes indicadores sinalizam que a economia está engatando uma recuperação. Por isso, os economistas esperam que a economia norte-americana cresça 3% em 2015, mesmo nível previsto no relatório divulgado em abril.

Além dos números de curto prazo, os técnicos do FMI veem um crescimento potencial, de longo prazo, menor nos EUA, ao redor de 2%, abaixo dos níveis históricos, na casa dos 3%.

O FMI divulgou hoje o chamado Artigo IV dos EUA, um documento anual no qual os economistas da instituição avaliam o desempenho e indicadores econômicos dos países membros. O relatório faz uma série de recomendações a Washington, que incluem mais investimento em infraestrutura, melhora da produtividade, estímulo à inovação, aumento dos salários e manutenção do déficit do governo em uma trajetória sustentável de queda.

No caso da política fiscal, o FMI vê risco a partir de abril de 2015 de novos embates no Congresso por questões fiscais, como os que ocorrem em outubro do ano passado e levaram à paralisação do governo. Por isso, o relatório volta a falar da necessidade de o País dar passos para implementar uma consolidação das contas fiscais mais sustentável e confiável no médio prazo. Com isso, se abriria espaço para políticas fiscais que dariam mais apoio à economia no curto prazo e ajudariam que a retirada dos estímulos monetários pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) seja mais suave e tenha menos impactos negativos nos mercados.

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