Economia

Banco digital esbarra em custos e cultura para deslanchar, diz presidente do Citi

Redação Folha Vitória

São Paulo - A criação de um banco digital enfrenta barreiras como a redução dos custos atuais e mudança cultural da sociedade, na visão do presidente do Citi no Brasil, Hélio Magalhães. "O grande potencial do banco digital está nos modelos de negócios, mas há desafios, na própria cabeça das pessoas. Vejo os bancos passando por muitas dificuldades em liberá-las do passado e em como reduzir os custos atuais para poder investir em novas soluções", avaliou ele, em palestra no CIAB 2015, promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). "É uma nova jornada", acrescentou.

De acordo com Magalhães, os canais de distribuição dos bancos passam hoje por transformações grandes, com a inclusão do online (internet banking) e mobile (celular). Neste contexto, segundo ele, o cliente muda significativamente. "Há uma transformação no olhar do cliente, identificando necessidades que antes não conseguíamos. A pressão vai vir do cliente", disse.

Há desafios no contexto do banco digital, na opinião do presidente do Citi no Brasil, em relação à experiência do usuário e os bancos vão passar por um processo de aprendizado, de entender como a experiência do cliente evolui. "Mas sem dúvida é um desafio. É o digital versus o físico, seja na divisão de recursos, alocação prioridades, cabeça das pessoas, localização. Isso tem de ser endereçado e representa um desafio muito grande", analisou Magalhães.

Para ele, capacidade e disponibilidade são necessidades ainda mais importantes no contexto atual e estão relacionadas à experiência do cliente. Por isso, os bancos têm de adequá-las, conforme o executivo, às demandas das pessoas. Outro desafio, na sua visão, é a legislação digital que deve garantir um funcionamento adequado de todo o processo e sustentar os negócios do segmento.

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