Economia

Buaiz Alimentos e Sindipães assinam parceria com UVV para 1ª graduação em panificação do Brasil

Com a parceria, a Buaiz Alimentos deverá contribuir com parte do pagamento da mensalidade de 30 alunos

Isabella Arruda

Redação Folha Vitória
Foto: Isabella Arruda
Ricardo Augusto (Sindipães), Eduarda Buaiz (diretora-geral e vice-presidente da Buaiz Alimentos), José Luiz Dantas (CEO da UVV) e Alessandro Eller (chef e coordenador do curso em panificação)

O Espírito Santo vem se tornando modelo em panificação no Brasil, fato que foi confirmado com o início da 1ª Graduação Tecnológica no setor, oferecida pela Universidade de Vila Velha (UVV)

Na tarde desta quinta-feira (23), foi firmado um convênio que aponta um próximo passo para o fortalecimento do segmento, por meio do contrato da Buaiz Alimentos com a UVV e com o Sindicato da Indústria da Panificação e Confeitaria do Estado do Espírito Santo (Sindipães).

Com a parceria, a Buaiz Alimentos deverá contribuir com parte do pagamento da mensalidade de 30 alunos ingressantes. Sobre o assunto, a diretora-geral e vice-presidente da empresa, Eduarda Buaiz, destacou que a parceria é motivo de orgulho.

"A Buaiz Alimentos está apoiando os panificadores associados ao Sindipães a fazerem o curso. E é motivo de muito orgulho fazer isso com a UVV, com o chef Alessandro Eller, coordenador do curso; e com o Sindipães, no primeiro curso do país. A importância é de poder qualificar os profissionais, pessoas que estão nas padarias e indústrias. A proposta deve gerar mais emprego, qualificação, mais renda e ampliar o setor. Com o curso, as pessoas poderão entrar no mercado com mais rapidez”, afirmou Eduarda.
Foto: Isabella Arruda

O curso de graduação é o primeiro de panificação do país e apresenta os métodos de produção de pães, bolos, doces, tortas, salgados e técnicas de preparo para alta confeitaria e panificação avançada. 

Estimula, ainda, a prática empreendedora, de desenvolvimento profissional e de gestão. O objetivo é formar profissionais com múltiplas habilidades e competências para exercer com excelência a função de Chef/Gestor em panificação.

Importância

A importância do curso vai além de movimentar a economia, segundo o CEO da UVV, José Luiz Dantas. 

“Claro que é um segmento que movimenta milhões e gera emprego e renda. E que, por ser plural, está distribuído em todas as grandes cidades. A padaria, hoje um minimercado, é um espaço em que o consumidor tem acesso a alimentos frescos todos os dias e que gera muitos empregos. Então o curso também cumpre uma função social”, declarou o diretor.

Para Dantas, o curso forma, capacita e concede formação de excelência para homens e mulheres. “Isso agrega valor e conhecimento técnico, com novas expertises, e dá um título de graduação tecnológica, que permite ao chef padeiro fazer uma pós depois, alçar carreira acadêmica, e, assim, vamos multiplicando professores para outras oportunidades. Nosso curso está sendo exportado para todo o país, tem DNA capixaba e ainda vamos ajudar muita gente”, finalizou.

E para quem tem interesse em panificação, o coordenador do curso, Alessandro Eller, contou que a formação já está chegando ao segundo ano, quando haverá a formatura da primeira turma. 

“Já temos um ano e estamos iniciando a segunda turma, que contará com o apoio da Buaiz. É um curso semi-presencial e o aluno pode estudar de forma online na maior parte do tempo, pelo ambiente virtual de aprendizagem, com o embasamento teórico”, explicou.

“Além de estudar o clássico, estudamos também as tendências de mercado, como a técnica da fermentação natural, que está muito alta. O aluno sai como chef padeiro, com uma visão gerencial de um ambiente de panificação. Temos aula de gestão, nutrição, história, antropologia, controle sanitário, todas as etapas”, detalhou Eller.

Além das aulas online, há oferta de aulas ao vivo, que também ficam gravadas. Isso tudo além da parte prática, de mão na massa, que acontece toda semana na UVV e na sede do Sindipães.

Participação do sindicato

Sobre a parceria com a Buaiz Alimentos, o presidente do Sindipães, Ricardo Augusto Pinto, afirmou que o contrato traz reconhecimento à profissão. “O curso é voltado a empresários e colaboradores do setor e veio para nos favorecer”, pontuou.

Foto: Isabella Arruda
Ricardo Augusto Pinto, presidente do Sindipães

Para o presidente do Sindipães, a formação traz a possibilidade de que os profissionais tenham conhecimento teórico antes de partirem para a prática, o que não aconteceu no caso dele. 

“Comecei como um panificador pequeno, no interior do Estado, em uma padaria com poucos colaboradores, não sabia nada do segmento. Na época era normal aprender na prática. Hoje, já estou há 30 anos como empresário e só agora tive a oportunidade de entrar na faculdade. Isso me trouxe mudança de hábitos para a gestão do negócio”, finalizou.
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