Economia

Juro do cheque especial em agosto segue como o maior da série iniciada em 1994

Redação Folha Vitória

Brasília - Enquanto o mercado financeiro aumenta a aposta de que a taxa básica da economia deve ser reduzida na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em outubro, bancos continuam a elevar juros cobrados dos clientes. Quatro das linhas de crédito mais populares entre famílias e empresas e que envolvem o cheque especial e o cartão de crédito tiveram alta das taxas e atingiram em agosto o maior juro na série histórica do Banco Central.

Dados apresentados mais cedo pelo Banco Central mostram que duas das linhas mais populares entre os brasileiros bateram um novo recorde de juro alto no mês passado. O juro médio cobrado no crédito rotativo do cartão subiu de 471,7% em julho para 475,2% em agosto - o maior patamar da série iniciada em março de 2011. Um ano atrás, o juro dessa linha de crédito estava, na média, em 403,5% ao ano.

Outro juro médio que bateu recorde é o cheque especial, cuja taxa subiu de 318,4% para 312,1% ao ano. Nesse caso, é o maior patamar da série iniciada em julho de 1994.

O mesmo fenômeno também é visto no crédito para as empresas. Pessoas jurídicas que tentam antecipar cheques pré-datados pagavam juro de 47,3% em julho e o custo passou para 47,6% em agosto - maior valor da série histórica. Também cresceu o custo para o recebimento antecipado de recebíveis de cartão de crédito, cuja taxa aumentou de 45,1% para 45,8% ao ano - novamente, maior valor da série.

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